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Publicado em 23/05/2025, às 20h35 Redação
A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou nesta sexta-feira (23) com um recurso contra a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou a parlamentar a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
No recurso, os advogados pedem a absolvição de Zambelli e alegam que houve cerceamento de defesa, já que não teriam tido acesso completo a todas as provas produzidas durante a investigação.
Eles também contestam a condenação ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos. Segundo a defesa, o valor fixado não tem base em critérios objetivos.
“Não há parâmetros claros que permitam quantificar, mesmo que de forma aproximada, os prejuízos causados à administração da Justiça. Por isso, fixar uma indenização milionária seria um ato discricionário do juiz, sem apoio em critérios técnicos”, afirmaram os advogados.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a mentora da invasão, cujo objetivo era emitir um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A execução do hackeamento, segundo as investigações, ficou a cargo de Walter Delgatti, que afirmou ter agido a pedido da deputada.
Delgatti foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo.
Carla Zambelli também responde a outro processo criminal no STF. Em agosto de 2023, ela se tornou ré pelo episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
A confusão começou após uma troca de provocações entre os dois durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
No julgamento deste caso, até agora o placar no Supremo é de 6 votos a 0 pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão, em regime semiaberto. No entanto, a conclusão foi adiada após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
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