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José Vanildo, atual presidente da FNF, pode ser um dos candidatos a vice na nova estrutura da Confederação Brasileira de Futebol. - Reprodução/FNFPublicado em 17/05/2025, às 15h30 Aryela Souza
Em meio à disputa pela sucessão na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após o afastamento de Ednaldo Rodrigues por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e previsão de nova eleição, o nome do presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, tem ganhado destaque nas articulações entre os dirigentes estaduais.
Embora não haja confirmação oficial, fontes próximas indicam tratativas e forte possibilidades de José Vanildo ser um nome de consenso para compor a futura cúpula da CBF, ocupando uma das vagas de vice-presidente.
Além da escolha do novo presidente, serão eleitos também 8 vice-presidentes, 3 membros efetivos e 3 membros suplentes do Conselho Fiscal. O período de mandato do quadriênio é de 2025 a 2029.
É nesse cenário que o advogado José Vanildo da Silva, pose passar a concorrer. Ele tem boa articulação político e está à frente da FNF desde 10 de abril de 2007, quando assumiu a presidência após a renúncia de Alexandre Cavalcanti. Em janeiro de 2021, foi reconduzido ao cargo de forma unânime por clubes e ligas, com mandato válido até o fim de 2026. A expectativa, no entanto, é de que sua gestão possa ser estendida até 2030.
Como andam os batidores da eleição da CBF
A convocação da eleição na CBF feita pelo interventor Fernando Sarney, atual vice-presidente, acelerou as articulações para o pleito já marcado para o próximo dia 25 deste mês. Informações de bastidores apontam para formação de dois blocos que podem representar a primeira disputa eleitoral da CBF desde 1989. Desde aquele ano, todos os presidentes foram eleitos por aclamação, por consenso.
De um lado, se organiza o bloco de 19 federações que haviam assinado manifesto na noite da última quinta-feira. O nome de Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol, desponta com mais força, apesar de ser a federação com menor relevância no futebol nacional.
O nome do presidente da federação alagoana Felipe Feijó, filho de Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF, na ponta da chapa, no entanto não está descartado.
Outro cotado é o presidente da Federação Paraense de Futebol, Ricardo Gluck Paul. A ideia desse grupo é unir federações e clubes das regiões Norte e Nordeste.
Do outro lado
A segunda corrente gira em torno da possível candidatura do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, que poderia contar com apoios da Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
Com rejeição em parte das federações, Reinaldo Carneiro Bastos tenta atrair apoio dos clubes, aproveitando a insatisfação de alguns com o novo movimento jurídico contra Ednaldo, embora o presidente afastado não fosse querido pelos dirigentes.
Apesar de movimentos independentes, não está descartada a possibilidade de que surja um nome de consenso entre os dois grupos, mas hoje o cenário aponta pata chance real de uma disputa eleitoral, algo raro na CBF.
As chapas precisam ser inscritas até a próxima terça-feira — cada uma delas precisa do apoio por escrito de quatro clubes e quatro federações para ser formalizada.
Participam da Assembleia Geral da CBF, para eleição, os presidentes das 27 federações (com peso 3 no voto), dos 20 clubes da Série A (peso 2) e dos 20 clubes da Série B (peso 1). Se houver adesão de todas as 19 federações, o candidato delas larga com 57 votos de 141 possíveis.
Sarney não será candidato
Fernando Sarney, que assumiu como interventor da CBF na última quinta-feira (15) por ordem da Justiça, reuniu-se com presidentes e representantes de federações na sede e avisou: ele não será candidato.
Ednaldo ainda tentar reverter situação
Enquanto clubes e federações intensificam a articulação política, Ednaldo Rodrigues ainda tenta anular seu afastamento. Ele entrou com recurso no STF na mesma noite da decisão que determinou sua substituição.
Em outra ação, o Supremo julgará em plenário, no dia 28 de maio, a Ação Direta de Inconstitucionalidade que analisa o acordo assinado entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a CBF — existe contestação quanto à legitimidade do MP de firmar Termo de Ajustamento de Conduta com entidades esportivas.
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