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[URGENTE] Justiça determina afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF; Fernando Sarney assume

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, durante reunião em 22 de agosto de 2024 - Rafael Ribeiro/CBF
Tribunal de Justiça do RJ determina afastamento de Ednaldo e nova eleição na CBF sob comando de Fernando Sarney  |   BNews Natal - Divulgação Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, durante reunião em 22 de agosto de 2024 - Rafael Ribeiro/CBF

Publicado em 15/05/2025, às 17h17   Redação



Por decisão do desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF nesta quarta-feira (15). A medida judicial determina, ainda, o desligamento de toda a diretoria da entidade, cabendo ao vice-presidente Fernando Sarney assumir o comando interinamente e organizar novas eleições, conforme os prazos estabelecidos pelo estatuto da confederação.

No despacho, Zefiro delega ao vice-presidente "os poderes inerentes à administração da instituição", apontando urgência na realização do novo pleito. A decisão judicial reacende a crise institucional na CBF, marcada por disputas internas e suspeitas sobre a validade de acordos que sustentaram a permanência de Ednaldo no cargo após sua eleição em 2022.

A origem do conflito está em um documento datado de 24 de janeiro de 2025, no qual dirigentes da entidade reconheciam a legitimidade da eleição de Ednaldo. No entanto, a legalidade da assinatura do ex-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima — o Coronel Nunes — passou a ser questionada por causa de seu estado de saúde na época.

Um relatório médico de junho de 2023, assinado pelo neurologista Jorge Pagura, apontava déficit cognitivo no Coronel, que àquela altura passava por tratamento de câncer no cérebro. O laudo foi incluído em um processo na Justiça do Pará, no qual Nunes tentava interromper descontos em sua aposentadoria. À luz desse relatório, cresceu a suspeita de que ele não teria condições de assinar o acordo.

Além disso, uma procuração registrada em cartório no mesmo período, transferindo poderes para gestão de sua conta bancária, foi usada como indício de incapacidade. A escrevente do cartório, inclusive, precisou ir até a casa do Coronel, já que ele estava impossibilitado de se deslocar.

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Uma perícia contratada de forma independente pelo vereador carioca Marcos Dias (PODEMOS) também apontou inconsistências na assinatura. O laudo, elaborado pela empresa Jacqueline Tirotti, concluiu que há "impossibilidade de vinculação do punho ao Coronel Nunes", reforçando as suspeitas de falsificação.

A CBF contestou o laudo, chamando-o de "espetacularização midiática" e acusando sua divulgação de servir a interesses alheios ao processo. Ainda assim, o desembargador Gabriel Zefiro decretou a nulidade do documento e, com base na “incapacidade mental” de um dos signatários, afastou Ednaldo e sua diretoria.

A ausência de Nunes em audiência recente, marcada pela Justiça para esclarecer os fatos, também pesou na decisão.

Mesmo reeleito para um novo mandato, Ednaldo Rodrigues enfrentava crescente articulação política pela sua saída. A situação culminou com ações judiciais movidas por Fernando Sarney, agora designado líder da entidade máxima do futebol brasileiro. Ednaldo estava no Paraguai, participando do Congresso da FIFA, quando foi comunicado da decisão.

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