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Um vídeo registrado durante o batizado de Yaminah, em uma igreja católica no Leblon (RJ), mostra o momento em que o padre se recusa a dizer o nome da criança. Nas imagens, ele se refere apenas como “a criança” ou “a filha de vocês”.
“Ele chamou a minha sogra antes de começar o batismo e disse que ele não falaria o nome da nossa filha, porque não era um nome cristão (...) e estava ligado a um culto religioso”, contou a mãe, Marcelle Turan.
Segundo a mãe, o religioso afirmou que não pronunciaria o nome porque estaria ligado a um culto religioso. A família registrou ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, classificando o caso como preconceito.
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Yaminah" vem do árabe e é derivada de "Yameen" (يمين), que significa "direita" ou "lado direito" — aquele usado em juramentos ou votos solenes. Tradicionalmente, na cultura do Oriente Médio, isso é um símbolo de bênção, boa sorte e força. O sufixo feminino -ah (ـة) transforma em Yamīnah = “aquela que é abençoada / afortunada".
"Queríamos algo forte, com significado importante. Yaminah significa justiça, prosperidade, direção. É um nome muito bonito, não havia necessidade disso acontecer”, disse a mãe.
Apesar de não ser um nome comum no Brasil, "Yaminah" tem se disseminado em comunidades muçulmanas internacionais. Em línguas africanas, nomes parecidos circulam por influência do islamismo, como Amina e Yamina.
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