Polícia
O zelador, identificado como Osvaldo Ferreira, permanece sob custódia policial após o ataque e o incêndio no edifício. - Divulgação
O bairro do Rio Vermelho, em Salvador (BA), foi palco de uma cena de pânico na manhã desta quarta-feira (27). Um zelador agrediu brutalmente uma moradora e, em seguida, ateou fogo em parte do edifício, espalhando medo entre os vizinhos.
Professora atacada e em estado grave
A vítima, uma professora de 48 anos, foi surpreendida dentro do condomínio Morro das Pedras. Ela sofreu fortes agressões no rosto, teve duas costelas quebradas e precisou ser socorrida por militares por volta das 7h.
No Hospital Geral do Estado (HGE), a mulher permanece em coma induzido e entubada, na chamada “sala vermelha”, destinada a pacientes em estado crítico. Segundo amigos, que acompanharam o atendimento, o quadro é grave e exige cuidados intensivos.
Incêndio e desespero entre moradores
Enquanto a agressão acontecia no quarto andar, o primeiro andar do prédio era tomado por chamas após o zelador atear fogo ao corredor com gasolina. O incêndio provocou correria e desespero entre os moradores, que correram para escapar da fumaça e das chamas.
O destino do agressor
Identificado como Osvaldo Conceição Ferreira, o zelador também acabou ferido. Após o ataque, ele se jogou do primeiro andar do prédio e foi encaminhado ao mesmo hospital da vítima. Mesmo internado, permanece sob prisão e custódia policial.
Polícia trata caso como tentativa de feminicídio
A delegada Zaira Pimentel, responsável pela investigação, explicou que inicialmente o caso foi registrado como incêndio. Mas, após ouvir depoimentos de moradores, a polícia passou a tratar o episódio como tentativa de feminicídio e dano qualificado.
Não porque o agressor e a vítima tinham um relacionamento, mas pela desconsideração da condição de mulher da vítima”, afirmou a delegada.
Além disso, outros possíveis crimes cometidos pelo zelador também estão sendo investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Depoimentos e investigação em andamento
Durante a tarde, moradores do prédio e pessoas próximas à professora prestaram depoimento na delegacia.
A investigação segue para esclarecer as circunstâncias do ataque e confirmar se o incêndio teve ligação direta com a tentativa de assassinato.
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