Cidades
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou um plano para proteger a capoeira no Rio Grande do Norte. O documento, chamado de Plano de Salvaguarda da Capoeira no RN, estabelece estratégias para garantir a continuidade da prática, que é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O plano define ações para preservar a tradição, como as rodas de capoeira, em locais como praças e escolas, garantindo que a cultura seja transmitida às próximas gerações.
O Plano de Salvaguarda é resultado do esforço conjunto dos capoeiristas do estado, mobilizados desde 2014 pelo Conselho de Mestres e Mestras de Capoeira do Rio Grande do Norte (COMCAP-RN).
Com a participação de mestres e praticantes, foram debatidas propostas e superadas divergências em um Comitê Gestor e em um Fórum. O processo resultou em diretrizes que foram estabelecidas para beneficiar todo o coletivo da capoeira potiguar.
Durante as reuniões entre o Iphan e os capoeiristas, foi acordado que o plano terá duração de quatro anos. Após esse período, ele será reavaliado e, se necessário, ajustado para as próximas etapas.
O documento foi elaborado seguindo as diretrizes do Manual de Elaboração de Planos de Salvaguarda do Iphan, que está disponível em português e espanhol. Esse manual detalha como avaliar políticas públicas e ações de preservação cultural.
Reconhecida por misturar luta, dança, música e filosofia, a capoeira foi registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan em 2008, por meio do Ofício dos Mestres de Capoeira e da Roda de Capoeira.
A prática teve sua importância consolidada em 2014, quando foi inscrita pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, sendo considerada uma expressão de resistência histórica e de formação da sociocultura brasileira.
Classificação Indicativa: Livre