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Médicos de Natal ameaçam nova paralisação caso negociações não avancem; gratificações estão congeladas há sete anos

Paralisação pode acontecer nos próximos dias - Reprodução/iStock
Os profissionais estão reivindicando reajuste das gratificações, que estão congeladas há sete anos. Médicos também pedem a revisão de adicionais  |   BNews Natal - Divulgação Paralisação pode acontecer nos próximos dias - Reprodução/iStock

Publicado em 14/07/2025, às 15h00   BNews Natal



Os médicos da rede municipal da capital potiguar podem dar início a uma nova paralisação caso as negociações com a Prefeitura não avancem. Os profissionais estão reivindicando reajuste das gratificações, que estão congeladas há sete anos. 

A informação foi confirmada por Geraldo Melo, atual presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN). Melo concedeu uma entrevista à rádio Jovem Pan News Natal (93,5 FM), nesta segunda-feira (14). 

De acordo com o presidente do Sinmed, a proposta apresentada pelo sindicato é equilibrada e viável, pois não envolve aumento no salário base.

“Propusemos apenas uma readequação nas gratificações. Elas estão há sete anos sem qualquer correção. Não é justo que outras categorias já tenham sido contempladas e os médicos continuem sem resposta”, afirmou.

Apesar de já terem sido recebidos pelo secretário municipal de Saúde, Geraldo Melo lamentou a falta de avanço nas tratativas. “O tratamento foi cordial, mas a experiência nos mostra que sem pressão, nada acontece. Se não houver acordo, vamos às ruas, montar um palanque na Rio Branco e ouvir a população sobre o que pensa da saúde pública”, declarou.

Falta de integração e financiamento inadequado

O presidente do Sinmed-RN criticou a falta de articulação entre os entes federativos e o modelo de financiamento da saúde pública, que considera defasado.

“O município inaugura hospital e não consegue manter. O Estado anuncia hospital metropolitano e suspende licitação. Há hospital pronto em São Gonçalo que não funciona por falta de gestão. Os municípios estão gastando até 30% com saúde, quando o ideal seria 12%. O governo federal precisa ampliar os repasses”, pontuou.

Adicionais

Outro ponto de reivindicação da categoria é a revisão dos adicionais de insalubridade e periculosidade, especialmente para os profissionais do Hospital Walfredo Gurgel.

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Além da exposição a agentes infecciosos, secreções e riscos biológicos, os profissionais também lidam com radiação de equipamentos como raios-X e tomógrafos, o que justificaria o pagamento do adicional de periculosidade (30%). 

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