Cidades

Fila por cirurgias eletivas no RN ultrapassa 30 mil pacientes; confira detalhes

A longa espera por cirurgias traz consequências sérias, como dor e perda de mobilidade, afetando a qualidade de vida dos pacientes. - Divulgação
A fila por cirurgias eletivas no RN cresceu 22% em um ano, evidenciando a demanda reprimida e fragilidades do sistema de saúde  |   BNews Natal - Divulgação A longa espera por cirurgias traz consequências sérias, como dor e perda de mobilidade, afetando a qualidade de vida dos pacientes. - Divulgação
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 17/08/2025, às 08h37



A rede pública de saúde do Rio Grande do Norte enfrenta um desafio persistente: mais de 33 mil pessoas estão na fila por cirurgias eletivas no SUS. O número engloba desde procedimentos simples, como remoção de cistos e pequenas lesões de pele, até operações complexas em áreas como ortopedia, oftalmologia e cirurgia vascular.
Mesmo com o aumento da produção cirúrgica nos últimos anos, a demanda reprimida continua alta e expõe fragilidades históricas do sistema.
Crescimento de 22% em um ano
Em maio de 2023, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) contabilizava cerca de 27 mil pacientes na espera. Hoje, a fila acumula aproximadamente 6 mil pessoas a mais — um crescimento de 22% em apenas um ano.
Durante audiência pública na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa, realizada na quarta-feira (13), o secretário de Saúde, Alexandre Motta, reconheceu o problema.
Segundo ele, o RN alcançou posição de destaque no cenário nacional em 2024, sendo o quinto estado com maior produção em cirurgias gerais e líder em algumas categorias específicas. “Foram cerca de 90 mil cirurgias realizadas, sendo 16 mil diretamente pela Sesap. Mas a demanda reprimida continua, e ela se renova todos os dias”, afirmou.
Procedimentos mais procurados
O levantamento do Sistema Regula Cirurgia, da Sesap, mostra que os procedimentos com maior número de pacientes à espera são:
•Tratamento de varizes bilaterais – 2.439 pacientes
•Remoção de tumores de pele, cistos e lipomas – 2.192
•Colecistectomia (retirada da vesícula) – 2.147
•Histeroscopia diagnóstica – 1.445
•Hernioplastia umbilical – 1.384
•Postectomia – 1.209
•Histerectomia total – 1.093
Outros procedimentos com fila expressiva incluem plástica mamária não estética (976), miomectomia (790) e ureterolitotripsia (689).
Cirurgias vasculares preocupam mais
O cenário é ainda mais crítico nas cirurgias vasculares, que concentram 207 pacientes em condições de maior risco. Entre janeiro e junho de 2025, foram registradas 345 amputações no RN, muitas delas associadas a complicações do diabetes.
Consequências da longa espera
Por trás das estatísticas estão histórias de dor, perda de mobilidade e incapacidade para o trabalho. Cada cirurgia adiada representa não apenas o risco de agravamento clínico, mas também a dificuldade de retomar a rotina e preservar a qualidade de vida.

Classificação Indicativa: Livre

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