Cidades
Publicado em 01/06/2025, às 10h44 Gabi Fernandes
Faltaram compressas cirúrgicas estéreis no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, neste sábado (31). Essenciais para estancar sangramentos e manter a higiene durante procedimentos, as compressas são itens básicos e indispensáveis em qualquer centro cirúrgico. A ausência desse material compromete diretamente a segurança dos pacientes e o trabalho das equipes médicas.
A denúncia chegou inicialmente ao Blog do BG, que publicou a notícia em primeira mão. De acordo com o blog, cirurgias foram até canceladas ou transferidas para outras unidades da rede estadual, como o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, e o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal.
Ainda segundo a publicação, a determinação ontem era desviar todos os casos cirúrgicos (exceto traumas com lesão vascular e TCE — traumatismo cranioencefálico) para outras unidades. O paciente seria avaliado no Walfredo e, se houvesse necessidade de cirurgia, seria redirecionado conforme a região:
Zona Sul e Leste: pacientes transferidos para o Hospital Deoclécio Marques;
Zona Norte e Oeste: pacientes encaminhados ao Hospital Santa Catarina.
Secretaria de Saúde afirma que situação foi pontual
O BNews Natal procurou a Secretaria Estadual de Saúde, na manhã deste domingo (1º), para confirmar o fato. Segundo a SESAP, houve sim uma interrupção no fluxo normal de cirurgias, mas a assessoria da secretaria garantiu que o problema foi pontual. Segundo a assessoria, o hospital já foi reabastecido e todas as cirurgias voltaram a ser realizadas normalmente
“O fluxo normal de cirurgias já foi restabelecido nesta manhã, após o reabastecimento do hospital. A situação está completamente normalizada e ocorreu de forma pontual”, diz a nota.
A situação, no entanto, escancara mais uma vez a fragilidade da maior unidade hospitalar do estado, que constantemente enfrenta superlotação e falta de insumos básicos. Fontes ainda relatam que, além das compressas, outros materiais essenciais também estão em falta, agravando ainda mais o cenário crítico da saúde pública no Rio Grande do Norte.
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