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Publicado em 09/05/2025, às 14h12 Redação
O endividamento segue alto entre os natalenses. Em abril de 2025, 86,2% das famílias da capital potiguar declararam ter algum tipo de dívida, segundo dados divulgados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) nesta quinta-feira (9). Embora o índice represente uma leve queda em relação ao mesmo mês de 2024, quando era de 88,3%, ele ainda supera a média nacional (77,6%).
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Apesar da manutenção do alto patamar de endividamento, a inadimplência caiu de forma expressiva. O percentual de famílias com contas em atraso em Natal recuou de 55,9% para 36,4% no intervalo de um ano. A média do país, no entanto, é menor: 29,1%.
O cartão de crédito permanece como o principal vilão do orçamento familiar em Natal, responsável por 80,6% das dívidas. Outros instrumentos de crédito também aparecem entre os mais usados: carnês (19,2%), cheque especial (10%), financiamento de imóvel (8%) e crédito consignado (7,6%).
Entre os inadimplentes, o tempo médio de atraso nas dívidas ficou em 42 dias. A maior parte (44,3%) tem contas vencidas entre 30 e 90 dias. Ainda que apenas 1,8% das famílias afirmem não ter condições de pagar seus débitos — menor índice para meses de abril desde 2010 —, 42% dizem ter mais da metade da renda comprometida com dívidas.
Para o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, os dados mostram um avanço no comportamento financeiro das famílias. “A expressiva redução da inadimplência em Natal reflete a resiliência diante de custos de crédito elevados e inflação persistente. Esses números demonstram que, com educação financeira e políticas de renegociação, podemos avançar rumo a um cenário mais sustentável para o consumo local”, afirmou.
Na média nacional, o levantamento da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) apontou aumento do endividamento em abril — de 77,1% em março para 77,6%. A inadimplência também voltou a crescer, alcançando 29,1%, mesmo patamar de janeiro. O número de famílias sem condições de quitar dívidas atrasadas subiu para 12,4%, o maior desde o início de 2025.
Informações: Blog do BG
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