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Cidade de terremotos históricos volta a tremer no interior do RN

Vista Aérea da Praça Monsenhor Vicente Freitas, em João Câmara - Reprodução/Wikipédia
Estações sismográficas registraram dois terremotos na cidade de João Câmara, distante pouco mais de 80 quilômetros de Natal  |   BNews Natal - Divulgação Vista Aérea da Praça Monsenhor Vicente Freitas, em João Câmara - Reprodução/Wikipédia

Publicado em 29/05/2025, às 12h40   Redação



Nesta quinta-feira, 29 de maio, o Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), através de suas estações sismográficas, registrou dois tremores de terra no município de João Câmara, distante pouco mais de 80 quilômetros de Natal. A cidade, incluive, é conhecida por ter registrado, em 1986, os tremores de terra mais fortes da história do Rio Grande do Norte.

Segundo o LabSis/UFRN, o primeiro tremor ocorrido nesta quinta foi registrados nos primeiros momentos da madrugada, (00h10, pelo horário de Brasília), e teve magnitude preliminar de 1.6 mR. Já o tremor seguinte aconteceu às 03h08 e atingiu magnitude calculada em 2.1 mR.

Os eventos foram perceptíveis para os moradores da região, que relataram sons de estrondo e vibrações em móveis de suas residências. 

O último evento divulgado pelo LabSis/UFRN no estado do Rio Grande do Norte foi em 22 de maio, quando um sismo natural de magnitude estimada em 2.4 mR atingiu o município de Afonso Bezerra, às 07h21.

O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado do Rio Grande do Norte e em toda região Nordeste do país.

Terremotos de João Câmara

O sismo de João Câmara foi o de maior magnitude em uma série de eventos sísmicos que tiveram início há quase quatro décadas, no ano de 1986. O primeiro tremor - sentido inclusive em Natal - aconteceu no dia 21 de agosto, e alcançou 4.3 na Escala Richter. No mês seguinte, foram dois eventos sísmicos: 4.3 e 4.4, respectivamente. O terremoto principal ocorreu no dia 30 de novembro daquele ano, com magnitude de 5.1, seguido por milhares de réplicas.

Os sismos destruíram ou danificaram 4.000 casas e 500 delas foram reconstruídas, adotando normas antissísmicas desenvolvidas pelo Batalhão de Engenharia do Exército. Os grupos de sismologia da UnB, USP e da UFRN desdobraram esforços para documentar, estudar e orientar as autoridades diante da constância dos abalos.

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