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STF julga último recurso de Carla Zambelli nesta sexta

Foragida da justiça, Zambelli terá recurso julgado pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (6) e pode ter aplicação imediata da pena  |  Foto: Reprodução.

Publicado em 06/06/2025, às 09h15   Foto: Reprodução.   Redação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, nesta sexta-feira (6), a partir das 11h, um recurso apresentado pela defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL), no caso em que ela já foi condenada a dez anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso e foi quem pediu ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, para reduzir o tempo de análise do recurso, que foi de uma semana para um dia.

Os ministros têm até às 23h59 para votar. A Primeira Turma é formada por cinco ministros: Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Com o julgamento, a parlamentar pode ter seu processo acelerado, para entrar no chamado trânsito em julgado — quando se esgotam todos os recursos da parte condenada.Caso os ministros entendam que não há como analisar nenhum outro recurso, ao finalizar o julgamento, as penas definidas na condenação da deputada já poderão ser aplicadas.

No caso de Zambelli, a parlamentar foi condenada a perder o mandato, dez anos de prisão e o pagamento R$ 2 milhões por indenização.

 

Defesa

Zambelli tem a defesa feita pela Defensoria Pública da União (DPU), que foi nomeada após o então advogado dela, Daniel Bialski, renunciar.

Moraes permitiu que ela se manifeste por escritoZambelli está foragida desde a última quarta-feira (4), após decisão de Moraes que determinou sua prisão, acatando um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O nome dela foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol na quinta-feira (5). 

Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti — condenado a oito anos de prisão — foram responsáveis pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

A condenação ocorreu após denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o órgão, a invasão ao sistema no CNJ ocorreu em 2023 e consistia em emitir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

“Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, dizia trecho do documento falso.

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