Política
Publicado em 01/08/2025, às 18h02 Outras imagens obtidas a partir das investigações mostram que o réu usava luvas, na tentativa de não deixar impressões digitais - Valter Campanato/Agência Brasil José Nilton Jr.
Nesta sexta-feira (1º), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para realizar a condenação Fábio Alexandre de Oliveira por crimes que o homem cometeu durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Até o momento, três dos cinco ministros votaram a favor para condendar Fábio, com penas que variam entre 15 e 17 anos de reclusão. O julgamento está sendo realizado em plenário virtual e segue aberto até a próxima terça-feira (5).
O réu foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado; deterioração de patrimônio tombado; e associação criminosa armada.
Homem sentou na cadeira de Moraes
Durante a invasão, Fábio fez um vídeo sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, o réu, no vídeo, proferiu xingamentos contra Moraes.
Outras imagens obtidas a partir das investigações mostram que o réu usava luvas, na tentativa de não deixar impressões digitais e máscara contra gás lacrimogêneo.
Pena de 17 anos de prisão
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, confirmou seu voto para aplicar uma pena de 17 anos de prisão em desfavor do réu, entendimento acompanhado pelo ministro Flávio Dino.
Já o ministro Cristiano Zanin defendeu a condenação com pena de 15 anos. Ainda faltam votar: ministra Cármen Lúcia e Luiz Fux para que o julgamento seja concluído.
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Ao apresentar seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que há provas “com riqueza de detalhes” da participação de Fábio nos crimes.
De acordo com Moraes, o réu aderiu à “movimentação antidemocrática”, ajudando a propagar mensagens de ataque às instituições democráticas, o que configura coautoria nos crimes imputados.