Política
Publicado em 13/08/2025, às 16h45 O presidente ainda disse que as medidas impostas pelos Estados Unidos não afetam apenas o Brasil, mas também outros países - Reprodução/EPA José Nilton Jr.
Foi reafirmado pelo presidente Lula (PT) que a soberania brasileira “é intocável” e que nenhum país deve atrapalhar nas decisões internas de outra nação. A declaração realizada nesta quarta-feira (13), em Brasília, durante a assinatura de medidas que visam dar apoio a exportadores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
“Iremos fazer o que for possível para atenuar o problema que nos foi imposto”, disse o presidente Lula, afirmando que irá continuar seguindo conversar com o governo dos Estados Unidos.
“Persistiremos nas conversações, pois acreditamos na negociação. Não desejo atritos com o Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os Estados Unidos”, disse.
As tarifas aplicadas por Donald Trump têm afetado diversos setores produtivos do Brasil. Lula reforçou que o país não aceitará restrições injustificadas.
O presidente ainda disse que, diante das dificuldades, o Brasil irá burcar novos mercados. “Se os Estados Unidos não desejam adquirir, buscaremos outro país”, afirmou Lula, lembrando de uma conversa recente com o presidente da China, Xi Jinping.
O presidente também adiantou durante a sua fala que já existem tratativas com a Índia para realizar, em janeiro do próximo ano, um encontro com cerca de 500 empresários brasileiros. Na ocasião, o foco será o setor farmacêutico.
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O objetivo do encontro é diversificar as exportações, reduzindo a dependência de mercados específicos.
“Em vez de lamentar pelo que perdemos, devemos buscar novas oportunidades em outros lugares. O mundo é vasto e ansioso por fazer negócios com o Brasil”, declarou.
O presidente ainda disse que as medidas impostas pelos Estados Unidos não afetam apenas o Brasil, mas também outros países. “Todos sabem que temos boas intenções, que não queremos brigas, que estamos dispostos a ceder. Mas não merecíamos isso”, afirmou.
De acordo com Lula, a questão é menos econômica e mais política, refletindo tensões e alinhamentos ideológicos. “A única coisa que precisamos reafirmar é que nossa soberania é intocável”, concluiu o presidente.