Política

PT desembolsa milhões e encerra dívida antiga com marqueteiros presos na Lava Jato

O Partido dos Trabalhadores quitou uma dívida de R$ 2,3 milhões com a Polis Propaganda, encerrando um longo imbróglio judicial desde 2014  |  Reprodução/Internet

Publicado em 23/07/2025, às 13h52   Reprodução/Internet   BNews Natal

O Partido dos Trabalhadores quitou uma dívida milionária com a empresa dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que comandaram campanhas presidenciais para Lula e Dilma Rousseff. Em maio deste ano, o diretório nacional da legenda pagou R$ 2,3 milhões à Polis Propaganda e Marketing, encerrando um imbróglio judicial iniciado após a eleição de 2014.

A informação consta na prestação de contas enviada pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O valor pago integra um acordo judicial que reduziu uma dívida inicialmente avaliada em mais de R$ 9 milhões para pouco mais de R$ 4 milhões.

Apesar da ausência de detalhes no sistema do TSE sobre o motivo do pagamento, segundo apurou a Folha de S.Paulo, trata-se da quitação de um débito da campanha de Dilma à reeleição. A Polis recorreu à Justiça para cobrar os valores atrasados.

Sentenças anuladas, dívida reduzida e acordo selado na Justiça

João Santana e Mônica Moura foram presos durante a Operação Lava Jato, acusados de lavagem de dinheiro e caixa 2. Posteriormente, as sentenças foram anuladas. Ainda assim, a cobrança da dívida permaneceu em trâmite até que ambas as partes chegassem a um entendimento.

O valor final da dívida foi reduzido de R$ 9 milhões para R$ 4,06 milhões por meio de acordo homologado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Como parte do montante já havia sido paga, restavam pouco menos de R$ 2,8 milhões.

Desse total, o PT quitou R$ 2,26 milhões ainda em maio. O saldo remanescente será dividido em cinco parcelas. Após o pagamento, a empresa solicitou a extinção do processo por considerar cumprido o acordo firmado.

Partido declara pagamentos e evita comentar acordo diretamente

Procurado pelo portal Poder360, o diretório nacional do PT não respondeu aos questionamentos sobre o pagamento até a publicação da reportagem.

Em nota enviada à Folha de São Paulo, o partido informou que todos os valores foram devidamente registrados junto à Justiça Eleitoral e à Justiça do Distrito Federal, que encerrou a demanda após a quitação da obrigação.

“Todos os pagamentos foram declarados à Justiça Eleitoral e à Justiça do DF, que arquivou a demanda por restar satisfeita a obrigação”, declarou a sigla.

O acordo extrajudicial que selou o fim da disputa financeira foi firmado no início de maio.

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