Política

Lula dispara contra pressão partidária e avisa: “Não vou implorar apoio a ninguém”

O presidente Lula considera um equívoco a pressão do União Brasil e do PP para que ministros deixem seus cargos, destacando seu bom trabalho  |  © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 07/10/2025, às 14h05   © Marcelo Camargo/Agência Brasil   Giovana Gurgel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “um equívoco, um erro, uma bobagem” a tentativa de pressão do União Brasil e do PP para que os ministros Celso Sabino e André Fufuca deixem o governo. A declaração foi feita em entrevista à TV Mirante, divulgada nesta terça-feira (7).

Lula sai em defesa de ministros

Durante a entrevista, Lula disse considerar “pequena” a atitude dos partidos que ameaçam expulsar seus ministros. Segundo ele, tanto Celso Sabino quanto André Fufuca “têm mandato e maturidade para decidir seus rumos”.

O presidente reforçou que pretende conversar com ambos, mas destacou que não vê motivos para que deixem os cargos.

“Por que essa pequenez de querer atrapalhar um ministro que está fazendo um bom trabalho? Por raiva, por inveja, por disputa política?”, questionou o petista.

Sabino enfrenta ultimato do União Brasil

Celso Sabino, ministro do Turismo, enfrenta forte resistência dentro do União Brasil. O partido exigiu que ele deixasse o governo até esta terça-feira, sob risco de expulsão em reunião marcada para quarta (8).

Sabino, no entanto, resiste à saída e pretende aproveitar a visibilidade da COP30, em Belém, como vitrine para sua possível candidatura ao Senado em 2026.

Lula classificou como “erro” a movimentação do partido e reafirmou que Sabino tem prestado um “bom trabalho” à frente da pasta.

Fufuca é elogiado e Lula manda recado à base

Sobre o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), o presidente foi direto: “Eu não quero que ele saia. Eu acho que ele está fazendo um bom trabalho.”

Lula também aproveitou o momento para enviar um recado aos partidos aliados, afirmando que não pretende “implorar apoio” para as eleições de 2026.

“Vai estar comigo quem quiser. Eu não compro deputado, não. Quem quiser ir para o outro lado, que vá e tenha sorte”, disse.

Encerrando a entrevista, o petista fez uma previsão otimista sobre o futuro político do país.

“Tenho certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar o Brasil”, afirmou.

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