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Lula compara Brasil pós-Bolsonaro a ataques na Faixa de Gaza: "destruição proposital"

Presidente relembra a falta de ministérios essenciais e critica o desmonte das estruturas governamentais na gestão anterior  |  Durante podcast, Lula faz comparação entre a situação do Brasil e a destruição na Faixa de Gaza, destacando o legado de Bolsonaro. - Reprodução/Spotify

Publicado em 19/06/2025, às 14h04   Durante podcast, Lula faz comparação entre a situação do Brasil e a destruição na Faixa de Gaza, destacando o legado de Bolsonaro. - Reprodução/Spotify   Aryela Souza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma forte comparação entre o estado em que encontrou o Brasil ao assumir o governo e a destruição na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e Hamas. A declaração foi feita durante uma entrevista ao rapper Mano Brown, no podcast "Mano a Mano", gravada no domingo (15) e divulgada nesta quinta-feira (19).

Na entrevista, Lula relembrou as condições do país após a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Quando chegamos aqui, pegamos um país semidestruído. De vez em quando olho para a destruição na Faixa de Gaza e eu fico imaginando o Brasil que encontramos, aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura”, afirmou o presidente.

Lula argumentou que o desmonte das estruturas ministeriais foi uma "destruição proposital".

Ou seja, o presidente [Bolsonaro] não gostava de nenhum ministério que poderia ser uma alavanca de organização da sociedade. Para que cultura se cultura politiza a sociedade?”, completou, acrescentando que Bolsonaro "negava a democracia".

Posicionamento sobre o Conflito no Oriente Médio

A comparação feita pelo presidente se insere em um contexto de críticas recorrentes do seu governo à atuação de Israel no Oriente Médio. Lula tem classificado a situação na Faixa de Gaza como um "genocídio" e defende abertamente a criação de um Estado palestino.

Essa postura tem sido reiterada em fóruns internacionais. No início do mês, em um discurso ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, Lula afirmou que é por conta do "genocídio" que ele faz exigências por mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pois a organização "não pode ser a mesma de 1945".

Nesta semana, ao participar da Cúpula do G7, no Canadá, Lula voltou a mencionar os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Ao se referir ao enclave palestino, o líder brasileiro disse que nada justifica "a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”.

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