Política
Publicado em 07/07/2025, às 20h36 - Atualizado às 21h13 Denúncias de compra de votos marcam eleição interna do PT - Reprodução BNews Natal
O Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores, realizado neste domingo (6) com cédulas de papel, foi alvo de denúncias envolvendo compra de votos. As acusações partiram de integrantes da corrente interna Articulação de Esquerda.
Segundo Olavo Brandão Carneiro, secretário de formação do PT no Rio de Janeiro, houve uso do poder econômico na disputa. "Tenho certeza que houve compra de votos e uso do poder econômico no PED do Rio de Janeiro", disse ele à CNN.
Brandão, que integra o grupo mais à esquerda da legenda, afirmou que encaminhará as denúncias ao diretório nacional. Ele responsabilizou o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, por uma mobilização considerada “atípica” no município.
Vídeos e registros de conversas entre militantes, enviados à CNN, são apontados como possíveis indícios do uso da máquina pública em Maricá para transportar eleitores até os locais de votação.
Diego Zeidan, secretário de Habitação da cidade e filho de Quaquá, é o principal nome cotado para assumir a presidência do diretório estadual do PT fluminense.
Ao ser procurado pela CNN, Quaquá respondeu às acusações com ironia. Para ele, trata-se de “choro de quem não tem trabalho político”.
Em Minas Gerais, o PED também gerou impasses. A deputada federal Dandara foi retirada da disputa por inadimplência nas contribuições partidárias obrigatórias. A judicialização da eleição no estado atrasou a contagem nacional dos votos e pode postergar o anúncio do novo presidente do PT.