Política

Condenado por crimes graves é flagrado trabalhando em Fórum no RN

Renato Nascimento Barros, condenado por homicídio e tráfico, foi descoberto em função no Fórum Miguel Seabra Fagundes, gerando preocupações  |  Após a descoberta, especialistas pedem a implementação de processos rigorosos de verificação para prestadores de serviço no Judiciário. - Reprodução/TJRN

Publicado em 31/05/2025, às 12h07   Após a descoberta, especialistas pedem a implementação de processos rigorosos de verificação para prestadores de serviço no Judiciário. - Reprodução/TJRN   Aryela Souza

Um indivíduo em cumprimento de pena no regime semiaberto, identificado como Renato Nascimento Barros – condenado a mais de 21 anos por homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico – foi descoberto trabalhando no setor de recebimento de materiais do Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Ele era funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN).

A presença de Barros no fórum acendeu um alerta máximo para a segurança, especialmente porque seu histórico criminal inclui participação em uma quadrilha. Levantou-se a preocupação de que, em sua função, ele pudesse monitorar a rotina de juízes e outras autoridades, comprometendo a segurança pessoal dos magistrados e o sigilo de suas atividades. Relatos indicam que a descoberta deixou juízes, particularmente os que atuam em varas criminais, profundamente alarmados.

Este incidente trouxe à tona um intenso debate sobre as políticas de ressocialização e a crucial necessidade de equilibrá-las com rigorosas medidas de segurança, sobretudo em ambientes de alta sensibilidade como o Poder Judiciário. Questiona-se como falhas dessa natureza podem ocorrer em uma instituição como o TJRN, que dispõe de aparatos de inteligência e segurança, e reacende a discussão sobre a eficácia dos protocolos existentes para proteger a integridade física dos membros da magistratura.

Diante do ocorrido, intensifica-se a discussão sobre a urgência de implementar um processo minucioso de cadastro e verificação para todos os prestadores de serviço que tenham acesso a sistemas, instalações e autoridades do Judiciário. Tal medida é vista como essencial para a proteção do sistema judicial e de seus integrantes.

O BNews Natal entrou em contato com a assessoria do TJRN, mas até o momento desta reportagem, não obtivemos resposta. 

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