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Após escândalo de fraude, Lula nomeia novo presidente do INSS

O presidente Lula nomeou Gilberto Waller Júnior para liderar o INSS após a demissão de Alessandro Stefanutto em meio a investigações  |  Antes, Waller Júnior ocupava o cargo de corregedor da Procuradoria Geral Federal - Reprodução

Publicado em 01/05/2025, às 12h54   Antes, Waller Júnior ocupava o cargo de corregedor da Procuradoria Geral Federal - Reprodução   Carol Maciel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou nesta quarta-feira (30) o procurador federal Gilberto Waller Júnior para a presidência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Antes, Waller Júnior ocupava o cargo de corregedor da Procuradoria Geral Federal, órgão da AGU (Advocacia Geral da União). O recém-nomeado é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Ele já foi corregedor-geral do instituto de 2001 a 2004 e subprocurador-geral de 2007 a 2008.

Entenda o que aconteceu

Em 23 de abril, Lula mandou demitir o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, depois de ele ser alvo de operação da PF (Polícia Federal) em um caso sobre desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias por sindicatos e outras entidades. Depois de ser noticiado que Lula havia determinado a demissão de Stefanutto, o ex-presidente do INSS, avisou a aliados que pediria demissão. A publicação não o esperou, pois a mesma não citou o tradicional “à pedido” que indica que foi a pessoa quem pediu a demissão.

OPERAÇÃO “SEM DESCONTO”

A PF deflagrou em 23 de abril a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A operação cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.

De acordo com a PF, a investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

O governo informou que em 2023 a CGU deu início a uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos em folha de pagamento.

Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos. A Controladoria também identificou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregado a documentação completa ao INSS.

Na operação, seis pessoas foram afastadas de suas funções. Entre elas, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, Lula indicará um novo presidente para o cargo.

Confira a lista das pessoas que foram afastadas de seus cargos no INSS:

Fonte: Poder 360

Classificação Indicativa: Livre


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