Polícia

STF forma maioria para manter prisão do “Careca do INSS”

A Corte considerou a gravidade dos crimes e o risco de continuidade delitiva como justificativas para a detenção preventiva dos acusados.  |  Antônio Carlos Antunes e Maurício Camisotti foram presos em operação da Polícia Federal que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. - Reprodução

Publicado em 28/09/2025, às 14h45   Antônio Carlos Antunes e Maurício Camisotti foram presos em operação da Polícia Federal que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. - Reprodução   BNews Natal Redação

Com maioria formada, a Segunda Turma do STF decidiu manter a prisão de dois dos principais alvos de um esquema de corrupção no INSS: Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti.

A Corte considerou que a gravidade dos crimes e o risco de continuidade delitiva justificam a manutenção da detenção preventiva.


Como o processo corre em sigilo judicial, o conteúdo do voto do relator, ministro André Mendonça, não foi divulgado publicamente. No entanto, seu posicionamento pela manutenção da prisão foi seguido pelos ministros Edson Fachin e Nunes Marques, formando uma maioria de três votos no colegiado. 


Até o momento, não houve votos contrários à continuidade da detenção de Antônio Carlos Camilo Antunes e Maurício Camisotti. Ainda falta o voto do ministro Dias Toffoli, que tem até a próxima sexta-feira (3) para se manifestar. 


Ele pode optar por acompanhar o relator, pedir vista — o que suspenderá o julgamento — ou solicitar destaque, levando o caso para análise no plenário físico. O presidente do colegiado, ministro Gilmar Mendes, declarou-se impedido de votar. 


RELEMBRE O CASO 


Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti foram presos após serem alvo de uma operação da Polícia Federal que apura um complexo esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Segundo as investigações, Antunes atuava como intermediário entre sindicatos, associações e servidores públicos. Ele seria o responsável por receber valores indevidamente descontados dos benefícios de aposentados e pensionistas, repassando parte desses recursos a funcionários do próprio INSS, em uma engrenagem de corrupção sistemática.


Maurício Camisotti, por sua vez, é apontado como um dos beneficiários finais do esquema, com ligação direta a entidades suspeitas de operar fraudes em nome de associações que deveriam representar os interesses dos segurados, mas que, na prática, estariam envolvidas no desvio de dinheiro público.

Classificação Indicativa: Livre


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