Polícia
Publicado em 30/04/2025, às 13h08 Foto: Reprodução. Redação
As forças de segurança pública do Estado cumpriram, na manhã desta quarta-feira (30), a uma ordem judicial de prisão temporária contra um policial militar suspeito de ser o responsável pelo disparo de arma de fogo que vitimou a jovem Bárbara Kelly Araújo do Nascimento, moradora da comunidade Passo da Pátria, na zona leste de Natal, fato ocorrido no dia 12 deste mês. As investigações estão a cargo da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A ação policial consistia em uma incursão realizada por quatro agentes da Polícia Militar. Segundo a investigação da DHPP, durante o andamento da operação ficou constatado que um dos agentes realizou disparos de fuzil em via pública, sem qualquer respaldo legal ou indício de confronto armado.
As investigações da DHPP incluem relatos de testemunhas, laudos periciais e imagens de câmeras de vigilância, permitiram a individualização das condutas dos envolvidos. O órgão concluiu que não houve confronto real no momento da ação, e que os indivíduos que corriam pela via pública não portavam armas. O disparo que vitimou Bárbara Kelly foi efetuado de forma indevida pelo policial - agora preso.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue investigando o caso para identificar outras possíveis responsabilidades envolvidas no incidente.
Relembre o caso
Atingida por uma bala perdida no sábado (12), Bárbara Kelly foi socorrida por vizinhos e levada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento. Sua morte gerou revolta na comunidade, que cobrou justiça em uma série de protestos. Moradores da comunidade alegam que a jovem foi atingida por um tiro disparado por policiais, que teriam entrado na localidade atirando.
A Polícia Militar (PM), por sua vez, confirma apenas que houve um confronto com bandidos, e que teria reagido a disparos efetuados por criminosos, e que durante a ação não houve vítimas. Um homem chegou a ser preso e drogas apreendidas.
Quatro policiais militares foram afastados das atividades operacionais por 30 dias enquanto o caso segue sendo investigado.