Polícia

Operação Sem Desconto: PF cumpre mandados no RN e em mais sete estados; veja detalhes e quanto o governo já devolveu para aposentados e pensionistas

A Polícia Federal deflagra a Operação Sem Desconto em oito estados, incluindo o RN, investigando fraudes em aposentadorias e pensões  |  A nova fase da operação busca responsabilizar os envolvidos e garantir a segurança dos aposentados contra fraudes associativas. - Divulgação/ Polícia Federal

Publicado em 09/10/2025, às 07h48   A nova fase da operação busca responsabilizar os envolvidos e garantir a segurança dos aposentados contra fraudes associativas. - Divulgação/ Polícia Federal   Dani Oliveira

Ler resumo da notícia

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (9) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um vasto esquema de descontos associativos irregulares em aposentadorias e pensões.

A ação tem alcance nacional e cumpre 66 mandados de busca e apreensão em oito estados — entre eles o Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Amazonas, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e o Distrito Federal — por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O objetivo é aprofundar as investigações sobre inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa e ocultação patrimonial.

A ação tem alcance nacional e cumpre 66 mandados de busca e apreensão em oito estados. Imagem divulgação Polícia Federal.

Segundo a PF, o esquema envolvia entidades que se passavam por associações legítimas e aplicavam descontos mensais automáticos em benefícios previdenciários sem autorização dos segurados.

Ressarcimento ainda parcial: só 43% dos valores foram devolvidos
Apesar das ações de investigação e do início do reembolso, o governo federal devolveu até agora apenas 43% dos valores descontados indevidamente de aposentadorias e pensões.

Dados da Dataprev, enviados à CPMI do INSS, mostram que foram ressarcidos R$ 1,6 bilhão até o fim de setembro, de um total estimado de R$ 3,7 bilhões em descontos irregulares.

Sede da Dataprev, em Brasília. (crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Entre março de 2020 e março de 2025, o sistema registrou R$ 7,8 bilhões em transferências, sendo R$ 3,7 bilhões considerados indevidos.

As cifras diferem da estimativa inicial da Polícia Federal e da CGU, que apontavam prejuízos de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Os pagamentos começaram em julho, após o governo anunciar o plano de devolução dos valores cobrados sem autorização em contribuições associativas.

O ressarcimento é feito em parcela única, sem ordem de prioridade entre os beneficiários.

Aposentados seguem vulneráveis e cobram transparência
As denúncias de descontos indevidos se multiplicaram nos últimos anos, levando o governo a revisar repasses e apressar reembolsos.

A CPMI do INSS cobra agora transparência nos prazos de devolução e medidas concretas para evitar novas fraudes.

A nova fase da Operação Sem Desconto reforça o compromisso das autoridades em responsabilizar os envolvidos. Imagem divulgação Polícia Federal.

O caso expôs falhas graves no controle de descontos sobre benefícios previdenciários e acendeu um alerta sobre a vulnerabilidade dos aposentados e pensionistas diante de golpes e falsos vínculos associativos.

A nova fase da Operação Sem Desconto reforça o compromisso das autoridades em responsabilizar os envolvidos e proteger os beneficiários do INSS de novas práticas fraudulentas.

Classificação Indicativa: Livre


TagsRio grande do nortePolícia federalStfSupremo tribunal federalInssDistrito federalBahiaSão pauloSanta catarinaFraudesPernambucoBeneficiáriosDescontosCguAposentadoriasOperação sem descontoControladoria-geral da uniãoRessarcimentoAmazonasPensãoSergipe