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Publicado em 24/06/2025, às 19h13 - Atualizado às 21h31 Redação
O governo federal vai começar a devolver, a partir de 24 de julho, o dinheiro que foi descontado indevidamente dos benefícios de milhões de segurados do INSS. O anúncio foi feito nesta terça-feira (24) pelo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller.
Segundo ele, os pagamentos serão feitos em parcela única, com correção monetária, direto na conta onde o benefício é depositado. A cada 15 dias, cerca de 1 milhão de pessoas devem receber a restituição, com a expectativa de concluir todos os repasses ainda em 2025.
“Enquanto houver pessoas que não se manifestaram, não vamos virar as contas a elas. Não há prazo para fechar o acesso. Estamos monitorando, inclusive com busca ativa”, afirmou Waller.
Até agora, cerca de 3,4 milhões de beneficiários já informaram que sofreram descontos não autorizados. A estimativa é que esse número chegue a 9 milhões de aposentados atingidos.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também confirmou que tem condições de começar os pagamentos de forma imediata para 1,2 milhão de pessoas, segundo a secretária-geral do contencioso, Isadora Cartaxo.
Em julho, os PREVBarcos embarcações da Previdência Social vão percorrer áreas ribeirinhas, indígenas e quilombolas para localizar vítimas que ainda não denunciaram os descontos.
Esses anúncios foram feitos durante uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), com foco na reparação dos danos causados aos segurados.
As fraudes vieram à tona por meio da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, que revelou um esquema de repasses ilegais para associações, sindicatos e outras entidades entre 2019 e 2024.
Quem quiser pedir a devolução pode fazer isso pelo site ou app “Meu INSS”, pelo telefone 135, ou nas agências dos Correios. No sistema, dá para consultar o nome da entidade que fez o desconto, o valor cobrado e o período, usando o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.
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