Polícia

Operação prende dono da Ultrafarma e executivo da Fast Shop em esquema bilionário de corrupção

O objetivo da operação é acabar com a rede de corrupção que favorece de maneira ilegal empresários a partir de fraudes realizadas em processos fiscais  |  Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma - Reprodução/Internet

Publicado em 12/08/2025, às 13h18   Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma - Reprodução/Internet   José Nilton Jr.

Nesta terça-feira (12), foi executada a Operação Ícaro, na qual foram presos Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma; Mario Otávio Gomes, executivo ligado à Fast Shop; e um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo. De acordo com o apurado pelas investigações, mais de R$ 1 bilhão de reais teria sido movimentado para o pagamento de subornos ao servidor público. 

O Grupo de Atuação Especial de Reprssão aos Delitos Econômicos (GEDEC) foi a unidade responsável por liderar a operação que investiga o esquema de corrupção. Um grupo criminoso que, supostamente, atua em favor de empresas grandes ligadas ao comércio varejista está sob investigação. 

A operação tem como objetivo acabar com essa rede que favorece de maneira ilegal empresários a partir de fraudes realizadas em processos fiscais. 

Procedimentos manipulados

De acordo com o Ministério Público, o auditor fiscal era responsável por manipular procedimentos de cunho administrativo com o objetivo de liberar o pagamento de créditos tributários de maneira irregular.

Em troca, ele recebia a cada mês valores por meio de uma empresa que estava cadastrada no nome de sua mãe. Na casa dele, os agentes encontraram grande quantia de dinheiro em espécie.

Mandados de prisão e buscas

Durante a operação, foram crumpidos três mandados de prisão temporária: um contra o auditor tributário, que é tido como principal articulador do esquema, e dois contra os empresários envolvidos.

Além disso, também foram executadas buscas em endereços residenciais e sedes das empresas investigadas. As diligências fazem parte da estratégia para reunir provas que confirmem a atuação e o alcance da rede criminosa. 

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Foi informado pelo Ministério Público que o esquema está em funcionamento durante anos, o que teria resultado em prejuízos bilionários aos cofres públicos. 

Crimes e próximos passos da investigação

Os detidos poderão responder pelos seguintes crimes: corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ainda durante a investigação, é esperado que a movimentação financeira dos suspeitos seja monitorada para que seja confirmado e comprovado que houve o pagamento de subornos.

As investigações seguem em andamento para identificar outros participantes. 

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