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"Jogar cadáveres aos porcos": foi o que cogitou o garoto que matou família inteira a tiros

Conversa entre o garoto e sua namorada virtual revela planos macabros para descartar os corpos após o crime hediondo  |  A namorada do adolescente foi localizada em Mato Grosso e é suspeita de ter conhecimento dos planos do crime em Itaperuna. - Divulgação

Publicado em 02/07/2025, às 09h51   A namorada do adolescente foi localizada em Mato Grosso e é suspeita de ter conhecimento dos planos do crime em Itaperuna. - Divulgação   Dani Oliveira

A polícia descobriu mais detalhes do caso do adolescente de 14 anos, que matou a família em Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro. Ele e a namorada virtual, de 15 anos, teriam debatido métodos para matar e descartar os corpos.

Os investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) descobriram que o assassino e a namorada tiveram conversas pelo Instagram. Os dois teriam cogitado jogar os corpos para porcos comerem.

A namorada do garoto foi apreendida no interior de Mato Grosso. Ela foi localizada na noite desta segunda-feira (30) durante uma ação da Delegacia de Água Boa, a cerca de 630 quilômetros de Cuiabá. 

De acordo com os investigadores, a análise do material apreendido aponta que a adolescente sabia dos planos e manteve contato constante com o namorado, inclusive no dia das mortes. Ela já havia sido ouvida na semana passada, na presença da mãe, de agentes especializados e do Conselho Tutelar.

O garoto que matou a família, por sua vez, está internado provisoriamente no Centro de Socioeducação (Cense) em São Fidélis, após decisão da Justiça fluminense. O prazo de internação é de 45 dias.

RELEMBRE OS DETALHES DO CRIME

O caso veio à tona depois que a avó do adolescente procurou a polícia para relatar o desaparecimento da família, que não era vista desde o dia 21 de junho. Durante uma vistoria na casa, no dia 24, agentes encontraram manchas de sangue no colchão, roupas sujas de sangue e sinais de tentativa de queima de objetos.

Porém, foi o cheiro forte vindo da cisterna da casa que levou os policiais aos corpos de Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos; e da esposa dele, Inaila Teixeira, de 37; além do filho mais novo, de apenas 3 anos.

A CONFISSÃO DO CRIME 

Diante das provas, o adolescente confessou o crime. Ele relatou que matou a família porque os pais proibiram uma viagem que ele faria para encontrar a namorada, com quem mantinha um relacionamento virtual. Após os assassinatos, ele pesquisou na internet como sacar o FGTS de pessoas falecidas depois de descobrir que o pai tinha um saldo de R$ 33 mil no fundo.

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