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Publicado em 12/09/2025, às 14h22 Os dados reforçam o peso do segmento, que é o maior empregador do país - Reprodução/Freepik José Nilton Jr.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços brasileiro registrou um crescimento de 0,3% entre junho e julho deste ano. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (12), mostra que essa foi a sexta alta consecutiva registrada, apontando um acumulo de 2,4% no período de fevereiro a julho, sendo a maior sequência desde 2022.
Na comparação com julho do ano passado, o avanço foi de 2,8%. Já em relação ao acumulado registrado em 12 meses, o setor cresceu 2,9%. Os dados reforçam o peso do segmento, que é o maior empregador do país e tem sustentado parte da economia brasileira.
Três das cinco atividades analisadas pelo IBGE registraram crescimento, que são: informação e comunicação (1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,3%). Já transporte (-0,6%) e outros serviços (-0,2%) recuaram.
Em relação a área de informação e comunicação, dois destaques foram apontados pelo gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo: as telecomunicações, que cresceram 0,7%, e a tecnologia da informação, que subiu 1,2%.
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No que diz respeito ao recorte regional, 12 das 27 unidades federativas tiveram expansão. Os maiores impactos vieram de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).
Enquanto os serviços avançaram, os outros dois setores da economia recuaram em julho. A indústria caiu 0,2% e o comércio, 0,3%. Em 12 meses, porém, ambos ainda registram crescimento: 1,9% e 2,5%, respectivamente.
De acordo com Rodrigo Lobo, a resiliência dos serviços está relacionada à digitalização acelerada desde a pandemia, que ampliou a demanda por tecnologia da informação, telecomunicações e serviços digitais como o delivery.
“O aumento no consumo de serviços de entrega tem contribuído para manter as receitas em alta. São áreas menos sensíveis a fatores macroeconômicos, como os juros elevados”, afirmou o pesquisador.