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Rio Grande do Norte lidera queda industrial no país com recuo de mais de 19%

Os dados mostram que a queda industrial foi puxada, principalmente, pelo setor de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis  |  O desempenho manteve em queda a taxa de atividade, apesar de outros segmentos apresentarem crescimento - Divulgação/3R Petroleum

Publicado em 12/09/2025, às 14h39   O desempenho manteve em queda a taxa de atividade, apesar de outros segmentos apresentarem crescimento - Divulgação/3R Petroleum   Redação

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi registrada uma queda de 19,1% em relação à atividade industrial do Rio Grande do Norte. O número é refente à comparação com o mesmo período do ano passado. 

De acordo com o levantamento, que faz parte da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF), o RN ocupa, pelo quarto mês consecutivo, a liderança nacional em retração entre os 18 locais que foram analisados. 

Os dados mostram que o resultado foi puxado, principalmente, pelo setor de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis. A produção desses segmentos caiu 34,4% no período. O desempenho manteve em queda a taxa de atividade, apesar de outros segmentos apresentarem crescimento.

Setores em destaque: alta no vestuário e nos alimentos

Enquanto os derivados do petróleo puxaram os números para baixo, por outro lado, outros setores registraram uma expansão significativa. As indústrias extrativas cresceram 23,8% e a produção de alimentos avançou 6,2% no mês de julho, ambos em relação ao mesmo mês do ano passado. 

Outro ponto positivo foi a fabricação de vestuário e acessórios, que apresentou uma alta expressiva de 51,7%, sendo o melhor resultado da categoria em 2025 até agora.

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Mesmo com esses avanços, eles não foram suficientes para compensar a queda do setor de derivados do petróleo, que continua sendo o principal responsável pelo desempenho negativo da indústria potiguar.

Acumulado no ano e nos últimos 12 meses

Entre os meses de janeiro a julho deste ano, apenas o setor de coque, petróleo e biocombustíveis mostrou retração (-28,2%). Já os demais segmentos tiveram desempenho positivo: indústrias extrativas (14,4%), confecção de vestuário e acessórios (14%) e alimentos (5,9%).

Em comparação com os últimos 12 meses, o cenário também segue desfavorável. Apenas os setores de alimentos (8,2%) e indústrias extrativas (7,1%) mostraram crescimento. Em contrapartida, derivados de petróleo e biocombustíveis caíram 21,7%, e confecção de vestuário recuou 1,7%.

O que é a PIM-PF Regional

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) é realizada desde a década de 1970 e fornece indicadores de curto prazo sobre a produção das indústrias extrativas e de transformação.

O levantamento é feito em 17 unidades da federação que possuem pelo menos 0,5% de participação no valor da transformação industrial nacional, além da região Nordeste como um todo.

Classificação Indicativa: Livre


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