Negócios
Publicado em 23/06/2025, às 10h45 Freepik Redação
“Infelizmente essa possibilidade é real, e desde o dia 14 que as distribuidoras já fazem reajustes em seus preços, em função dessa crise. Como a região Nordeste, e em especial o RN, recebe muito combustível importado, somos impactados diretamente por esse cenário”. O alerta é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (SINDIPOSTOS-RN), com a possibilidade de uma alta desenfreada nos preços dos combustíveis. Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores em Aplicativos de Transportes do Rio Grande do Norte (SINTAT/RN) já havia manifestado preocupação com a eminência de alta nos preços em razão da crise no Oriente Médio.
O alerta surge após o parlamento do Irã aprovar o fechamento do Estreito de Ormuz, principal rota marítima do petróleo mundial, após os ataques dos EUA contra instalações nucleares no Irã. O fechamento interrompe um fluxo de cerca de 30% de todo o petróleo comercializado no mundo, com potencial para causar uma grande crise energética e econômica.
“Só nos resta torcer para que que a paz se reestabeleça o quanto antes”
“Além do próprio conflito, há agora a ameaça do Irã fechar o Estreito de Ormuz, e isso pode aumentar para mais de 100 dólares o custo do barril do petróleo, haja visto que mais de 30% do petróleo produzido passa por lá. Dessa forma, ficamos sem alternativa, e só nos resta torcer para que que a paz se reestabeleça o quanto antes”, acrescentou Maxwell Flor, presidente do SINDIPOSTOS-RN.
Instabilidade global
O ataque norte-americano a instalações nucleares iranianas, ocorrido na madrugada do domingo (22), já provocou instabilidade no mercado global. O preço do barril do petróleo já registrou uma alta de aproximadamente 10%, e nos Estados Unidos o valor da gasolina subiu 3% apenas na última semana. Esses dados reforçam a iminência de reflexos diretos no Brasil, inclusive no Rio Grande do Norte.