Negócios
por José Nilton Jr.
Publicado em 26/09/2025, às 17h51
O Brasil está vivendo um momento de expansão considerada histórica em relação à aquicultura e carcinicultura, com ambos os setores alcançando cifras bilionárias e ganhando relevância no cenário internacional.
Nesse contexto, a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) anunciou a 21ª edição da FENACAM, que acontece entre os dias 11 e 14 de novembro no Centro de Convenções de Natal.
Antes do evento principal, será realizado um lançamento oficial no dia 30 de setembro, às 18h30, na Casa Nuestra Recepções, na capital potiguar, reunindo autoridades, representantes do setor produtivo e a imprensa.
A carcinicultura se consolidou como uma das bases do agronegócio nordestino, com destaque para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, que lideram a produção nacional.
No ano passado, os camarões cultivados no Brasil atingiu a produção de 210 mil toneladas, somando aproximadamente R$ 6 bilhões em valor de mercado, um crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior.
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A piscicultura também segue em ascensão. Somando todas as espécies, o setor movimentou R$ 10,2 bilhões no país em 2024, com 968.745 toneladas produzidas. A tilápia responde por 662.230 toneladas desse total, consolidando-se como o peixe mais produzido no Brasil.
No cenário internacional, a produção de camarão cultivado chegou a 5,88 milhões de toneladas no ano passado e deve alcançar 6,1 milhões até 2025. Estimativas da ABCC apontam que o mercado global de camarões, avaliado em US$ 71,9 bilhões em 2024, poderá chegar a US$ 105,4 bilhões em 2033.
“O Brasil possui o potencial para liderar o mercado global de camarões e de peixes de água doce cultivados. A FENACAM é estratégica para fortalecer a competitividade, atrair investimentos e impulsionar parcerias”, afirmou Itamar Rocha, presidente da FENACAM.
Considerada a maior feira de aquicultura da América Latina, a FENACAM 2025 deve atrair mais de 7 mil visitantes de diferentes estados e países, incluindo produtores, cientistas, técnicos, empresários e estudantes durante a sua realização.
Mais de 200 expositores já confirmaram presença, entre eles empresas de Estados Unidos, México, Equador, Austrália, Tailândia, Holanda e China. Além disso, 60 palestrantes nacionais e internacionais discutirão as principais inovações e tendências do setor.
Na edição de 2024, a feira movimentou cerca de R$ 40 milhões em negociações futuras, e a expectativa é superar este valor em 2025.
A programação incluirá ainda simpósios técnicos e científicos, além de mesas-redondas promovidas pela RECARCINA, consolidando Natal como o centro das discussões globais da carcinicultura.
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