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Desemprego atinge 5,6% e marca menor taxa da história, aponta IBGE

O índice igualou o menor patamar que já foi registrado na da série histórica. No mesmo período em 2024, o desemprego era de 6,6%  |  O total de pessoas com alguma ocupação alcançou 102,4 milhões, levando essa taxa a 58,1%, que também foi a mais alta já observada - Reprodução/Close-up

Publicado em 30/09/2025, às 13h17   O total de pessoas com alguma ocupação alcançou 102,4 milhões, levando essa taxa a 58,1%, que também foi a mais alta já observada - Reprodução/Close-up   José Nilton Jr.

De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30), o Brasil alcançou, no trimestre encerrado no mês de agosto, a menor taxa de desemprego já registrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

O índice em questão ficou em 5,6%, igualando o menor patamar que já foi registrado na da série histórica. No mesmo período do ano passado, o desemprego era de 6,6%.

O recorde negativo em relação ao índice aconteceu durante a pandemia de covid-19, quando a taxa chegou a 14,9% em 2020 e 2021. Atualmente, o Brasil contabiliza 6,1 milhões de desempregados, o menor número da série.

Ocupação em alta e carteira assinada recorde

O total de pessoas com alguma ocupação alcançou 102,4 milhões, levando essa taxa a 58,1%, que também foi a mais alta já observada. O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,1 milhões, registrando um crescimento de 1,2 milhão em comparação ao ano de 2024.

De acordo com o analista do IBGE William Kratochwill, o resultado cresceu principalmente por causa de contratações temporárias na educação pública, sobretudo no ensino infantil e fundamental. 

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Entretanto, o setor de trabalho doméstico perdeu cerca de 174 mil postos em relação ao trimestre anterior, movimento que o pesquisador relaciona a um mercado aquecido: “As pessoas estão deixando funções domésticas para buscar melhores oportunidades”, disse. 

Cresce a informalidade

A taxa de informalidade chegou a 38% em relação à população ocupada, ficando um pouco acima dos 37,8% do trimestre anterior. O avanço reflete o crescimento dos trabalhadores por conta própria sem registro, que somaram 19,1 milhões, alta de 1,9%.

Renda próxima ao recorde

O rendimento médio real da população ocupada foi de R$ 3.488, praticamente estável frente ao trimestre anterior, mas 3,3% acima do mesmo período de 2024. Esse valor se aproxima do recorde histórico de R$ 3.490.

No total, a massa de rendimentos atingiu R$ 352,6 bilhões, um avanço de 1,4% em relação ao trimestre anterior e de 5,4% em um ano.

PNAD e Caged

A Pnad é divulgada um dia após o Caged, que mede apenas o emprego formal. Em agosto, o Caged registrou saldo positivo de 147,3 mil vagas com carteira assinada, totalizando 1,4 milhão de novos empregos formais em 12 meses.

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