BYD inaugura fábrica na Bahia e inicia testes do primeiro carro elétrico 100% nacional

A gigante chinesa BYD apresentou oficialmente sua nova fábrica em Camaçari, na Bahia, na última terça-feira (1º). No evento, a montadora deu início aos testes para a produção do BYD Dolphin Mini, que será o primeiro carro 100% elétrico produzido em solo nacional.

A planta industrial ocupa o espaço da antiga fábrica da Ford, que encerrou suas atividades em 2021. Um galpão de 156 mil metros quadrados já foi inaugurado e está em fase de testes, mas o projeto prevê a criação de outros 25, além de uma pista de testes, em um terreno de 4,6 milhões de metros quadrados.

Investimento Bilionário e Geração de Empregos

O novo empreendimento terá capacidade inicial para produzir 150 mil veículos por ano, com planos de dobrar esse volume para 300 mil no futuro.

O investimento total previsto pela BYD para o complexo é de R$ 5,5 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão já foram aplicados no projeto.

A fábrica já contratou mais de mil funcionários brasileiros diretamente, e a previsão é que outras 3 mil vagas sejam preenchidas até o fim de 2025. No total, espera-se gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos na região.

Do Montado ao 100% Nacional

Em um primeiro momento, a BYD operará no regime conhecido como SKD (Semi Knocked Down), que consiste na montagem final de veículos que chegam parcialmente prontos da China.

No entanto, a expectativa da empresa é avançar para a produção completa no Brasil (CKD - Completely Knocked Down). Essa nacionalização dos componentes deve garantir veículos elétricos com preços mais baratos para os consumidores do país.

A empresa já está produzindo em Camaçari unidades dos modelos BYD Dolphin Mini, Song Pro e BYD King, mas ainda não revelou uma data oficial para o início das vendas dos carros totalmente nacionais.

Além dos veículos 100% elétricos, a BYD estuda implementar uma motorização híbrida flex (que combina eletricidade com gasolina e/ou etanol) exclusiva para o mercado brasileiro.

O motor, batizado de 1.5 DM-i, está sendo projetado e construído em uma parceria que envolve cientistas chineses e brasileiros.

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