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Toffoli anula atos da Lava Jato contra doleiro Alberto Youssef e diz que houve armação entre Moro, PF e Ministério Público

A anulação dos atos da Lava Jato levanta questões sobre a legalidade e a ética das investigações conduzidas  |  Toffoli anula atos da Lava Jato contra doleiro Alberto Youssef diz que houve armação entre Moro, PF e Ministério Público - Reprodução

Publicado em 15/07/2025, às 21h21   Toffoli anula atos da Lava Jato contra doleiro Alberto Youssef diz que houve armação entre Moro, PF e Ministério Público - Reprodução   BNews Natal

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 15 de julho, anular todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef. A medida torna sem efeito todas as decisões tomadas pelo então juiz Sergio Moro no processo.

Segundo Toffoli, houve um conluio entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba. Para o ministro, esse alinhamento comprometeu seriamente o direito à ampla defesa e ao contraditório de Youssef.

Decisões com cartas marcadas, segundo o STF

Na avaliação do ministro, o caso estava comprometido desde o início. As decisões judiciais, conforme argumentou, foram tomadas com um objetivo previamente definido: assegurar a condenação dos investigados. Toffoli destacou que a atuação conjunta entre juiz e acusação gerou um cenário de parcialidade inaceitável.

Ainda segundo ele, Moro e os procuradores da Lava Jato teriam articulado estratégias em conjunto contra o doleiro. Essa conduta, na visão do Supremo, comprometeu a imparcialidade do julgamento e corroeu os princípios do processo penal democrático.

Abusos e escutas clandestinas

O ministro também mencionou a gravação clandestina de conversas de Youssef dentro da cela da Polícia Federal em 2014. Para Toffoli, esse episódio é mais uma evidência da relação indevida entre juiz e acusadores, além de prova dos abusos cometidos durante a operação.

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