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O ano de 2025 marca o começo da Geração Beta, composta por pessoas nascidas entre 2025 e 2039. Esses novos integrantes da sociedade são filhos dos jovens da Geração Y, também conhecidos como millennials, e dos mais velhos da Geração Z.
De acordo com a McCrindle, consultoria reconhecida em pesquisas sociais sobre gerações, estima-se que, até 2035, a Geração Beta representará pelo menos 16% da população mundial. Muitos desses indivíduos, inclusive, podem chegar a testemunhar a chegada do século 22, considerando que quem nascer em 2025 terá 76 anos em 2101.
Por que o nome “Geração Beta”
O termo segue a sequência do alfabeto grego e sucede a Geração Alpha, formada pelos nascidos entre 2010 e 2024. Essas duas gerações não apenas ocupam novos intervalos etários, como também são os primeiros grupos moldados por um mundo altamente tecnológico e interconectado.
Embora os limites entre as gerações nem sempre sejam precisos, os períodos abaixo são amplamente utilizados para classificá-las:
Baby Boomers: 1946-1964 (idade 61-79)
Geração X: 1965-1979 (idade 46-60)
Millennials: 1980-1994 (idade 31-45)
Geração Z: 1995-2009 (idade 16-30)
Geração Alpha: 2010-2024 (idade 15 e abaixo)
IA, automação e mudanças climáticas
Espera-se que a vida digital e física da Geração Beta seja completamente integrada. Enquanto a Geração Alpha vivenciou a ascensão da tecnologia inteligente e da inteligência artificial, a Geração Beta crescerá em uma era onde IA e automação estarão incorporadas à rotina — na educação, nos ambientes de trabalho, na saúde e no entretenimento.
Esse grupo será o primeiro a experimentar transporte autônomo em larga escala, tecnologias vestíveis para monitoramento da saúde e ambientes virtuais imersivos como parte do dia a dia. Além disso, algoritmos de IA personalizarão experiências de aprendizado, compras e interações sociais, moldando uma realidade adaptada a cada indivíduo.
Apesar dos avanços, desafios significativos também surgirão. Conforme a McCrindle, crises climáticas, deslocamentos populacionais e urbanização acelerada terão impactos profundos, exigindo constante adaptação e resiliência.
Futuros moradores do século 22
Embora exista a previsão de que a Geração Beta seja a primeira a alcançar o século XXII, especialistas sugerem cautela. Dado Schneider, professor e pesquisador brasileiro, ressalta que essa estimativa merece atenção:
“A longevidade que os avanços na Medicina estão proporcionando pode fazer com que boa parte da Geração Alfa — e até mesmo muitos da Geração Z — também cheguem a ver a virada do século”, afirma Dado.
O diferencial da Geração Beta, segundo ele, está em suas origens. Filhos dos mais jovens da Geração Z e dos Millennials, esses futuros cidadãos serão criados por pais que já vivem em uma Nova Era. “Minha grande curiosidade é saber que tipo de pais esses jovens serão. Acredito que estarão formando seres de uma outra era”, conclui.
Profissionais de comunicação
Compreender as características de cada geração ajuda profissionais a identificar tendências, atender necessidades específicas e desenvolver estratégias e serviços mais eficazes.
Por outro lado, nem todos os especialistas defendem o uso de rótulos geracionais. O Pew Research Center, por exemplo, evita classificações como “Geração Z”, argumentando que elas podem reforçar estereótipos e negligenciar diferenças dentro de um mesmo grupo. Para a instituição, fatores como demografia muitas vezes têm influência maior do que o ano de nascimento.
Classificação Indicativa: Livre