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Publicado em 30/04/2025, às 22h06 Sobrevivente do caso da granola em Natal tem alta da UTI - Reprodução Redação
A mulher de 50 anos que estava internada em estado grave após consumir granola de um açaí entregue por motoboy em Natal apresentou melhora e deixou a UTI do Hospital Regional de Macaíba, na Grande Natal, na noite desta quarta-feira (30).
Geisa de Cássia Tenório Silva, prima de segundo grau da pequena Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas 8 meses, foi transferida para a enfermaria. A bebê faleceu no dia 14 de abril, depois de consumir o mesmo alimento. “Ela já está conversando, mas ainda com certa dificuldade”, contou Yago Smith, filho de Geisa.
Internada desde o dia 15 de abril, Geisa segue sem previsão de alta, conforme informou Yago.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga a suspeita de envenenamento e aguarda o resultado do laudo toxicológico da granola e do açaí, que foram enviados ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Até a noite desta quarta-feira (30), o laudo ainda não havia sido concluído.
A família recebeu três entregas no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, entre os dias 13 e 15 de abril — todas feitas por motoboys. A origem dos pedidos ainda é desconhecida, segundo o relato de Yago.
No dia 13, Geisa recebeu chocolates e um urso de pelúcia e não apresentou sintomas após o consumo. No dia seguinte, recebeu açaí com granola, que compartilhou com a bebê Yohana. Pouco tempo depois, ambas passaram mal. A bebê não resistiu e morreu dentro da ambulância a caminho da UPA de Cidade da Esperança. Geisa foi medicada e teve alta naquele momento.
No dia 15, ela acordou se sentindo bem e recebeu uma nova entrega de açaí. De acordo com o filho, cerca de 15 minutos após o consumo, voltou a passar mal. “Ela começou a suar muito, tremia, não conseguia falar, estava espumando… foi aí que desconfiaram que poderia ser um caso de envenenamento”, relatou Yago.
Após orientação médica, a família procurou a polícia. “O alimento foi encaminhado para análise toxicológica, mas o laudo ainda não foi finalizado. Há uma possibilidade de envenenamento, porém, qualquer conclusão neste momento seria precipitada”, declarou a Polícia Civil.
As autoridades também ouviram testemunhas e analisam imagens de câmeras de segurança da região para tentar descobrir quem enviou os produtos, já que nenhuma das entregas tinha remetente identificado.