Mounjaro, novo “emagrecedor do momento”, vira febre no Brasil e chega às farmácias. Veja riscos e benefícios

Disponível nas farmácias brasileiras, a partir do dia 25 de maio, com promessas de ajudar no controle da glicemia e também na perda de peso, o Mounjaro é o novo medicamento queridinho do momento. Ele disputa espaço com o Ozempic, que se popularizou nos últimos anos por seus efeitos no emagrecimento. Mas quais são as diferenças entre os dois? Quem pode usar? Quais os riscos?

Mounjaro x Ozempic: qual a diferença?

Embora os dois tenham ações semelhantes, os medicamentos atuam de formas diferentes no organismo. O Ozempic, com princípio ativo da semaglutida, imita um hormônio do intestino chamado GLP-1, que aumenta a produção de insulina, envia sinais de saciedade ao cérebro e reduz o esvaziamento do estômago.

Já o Mounjaro, que tem como princípio ativo a tirzepatida, age de forma dupla: além do GLP-1, também atua sobre outro hormônio, o GIP. Ambos melhoram o controle do diabetes tipo 2 e contribuem para a perda de peso.

É justamente à busca pelo emagrecimento rápido que tem atraído milhares de pessoas ao consumo dessa injeção. Mas será que é segura?

Especialistas alertam que tanto Ozempic quanto Mounjaro possuem efeitos colaterais, sendo os mais comuns: náusea, enjoo, constipação e, em alguns casos, diarreia, principalmente em pessoas que consomem muitos alimentos gordurosos. Há ainda riscos mais sérios, como a formação de pedras na vesícula em casos de perda de peso muito rápida.

Por isso o uso deve ser sempre prescrito por um médico, após avaliação de fatores como função renal, hepática e possíveis interações com outros medicamentos.
Outro ponto importante é a suspensão do uso antes de procedimentos com anestesia. Por terem longa duração no organismo, os medicamentos devem ser suspensos três semanas antes de cirurgias ou exames com sedação, sob risco de complicações respiratórias.

É possível manter o peso após parar o tratamento?

A resposta é: depende. Como tanto o Mounjaro quanto o Ozempic são indicados para o tratamento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e obesidade, isso exige acompanhamento contínuo. Quanto as pessoas usam por conta própria e interrompem do mesmo jeito, há uma grande chance de reganho de peso
O ideal é que o tratamento faça parte de um plano de cuidados de longo prazo, com apoio de nutricionista, educador físico e acompanhamento médico.

Pode substituir a cirurgia bariátrica?

Medicamentos como Mounjaro e Ozempic são considerados alternativas viáveis para pacientes com obesidade, especialmente aqueles que não desejam ou não podem realizar a cirurgia bariátrica. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente por profissionais da saúde.

O que considerar antes de usar

Antes de iniciar o tratamento com Mounjaro (ou qualquer outro medicamento injetável para diabetes ou obesidade), a recomendação é buscar um médico endocrinologista. O uso sem acompanhamento pode representar riscos à saúde e trazer até frustrações com os resultados.

Classificação Indicativa: Livre