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Publicado em 12/08/2025, às 16h23 Para a realização do levantamento, foram utilizadas mais de 800 mil entrevistas que fazem parte do sistema Vigitel - Reprodução/Internet José Nilton Jr.
Uma pesquisa realizada por especialistas da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da ACT Promoção da Saúde e do Ministério da Saúde apontou que o consumo do álcool em abundância por mulheres nas capitais brasileiras mais que dobrou em 17 anos.
De acordo com os dados obtidos pelo estudo, que foi publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, esse consumo saiu de 7,7% em 2006 para 15,2% em 2023.
Para a realização do levantamento, foram utilizadas mais de 800 mil entrevistas que fazem parte do sistema Vigitel. Elas foram coletadas entre os anos de 2006 e 2023 para a análise de fatores de risco e de dproteção ligados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
Em relação ao o que foi observado entre as mulheres, o consumo abusivo acontece da seguinte maneira: beber quatro ou mais doses de alcoól em uma única ocasião, ao menos uma vez nos 30 dias anteriores à entrevista.
Entre os homens, o índice de consumo abusivo continuou estável, em torno de 25%. Já no caso das mulheres, a coordenadora da pesquisa, Deborah Malta, associou a alta a mudanças na promoção de bebidas alcoólicas e ao incentivo por meio de redes sociais.
A pesquisa também demonstrou que existe a prevalência de sobrepeso. O índice apresentou uma alta significativa entre os anos de 2006 e 2023. Entre as mulheres, o número subiu de 38,5% para 59,6%. Já entre os homens, apresentou um aumento de 47,6% para 63,4%.
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Mesmo assim, a prática de atividades físicas durante o lazer registrou uma melhora, passando de 22,1% para 36,2% entre as mulheres e de 39% para 45,8% entre o público masculino.
No entanto, o avanço de doenças como hipertensão e diabetes foi registrado em ambos os sexos, reforçando o alerta para a saúde pública.