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Publicado em 28/07/2025, às 13h48 A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como meta, até o ano de 2030, a redução em 90% da incidência - Reprodução/Internet BNews Natal
O Brasil registrou, no ano passado, mais de 34 mil casos diagnosticados de hepatites virais, com cerca de 1,1 mil mortes diretamente atribuídas à doença, de acordo com dados oficiais.
As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por cinco tipos principais de vírus: A, B, C, D e E. No Brasil, os tipos B e C são os mais prevalentes, causando a maioria dos casos crônicos.
A hepatite B e, especialmente, a C podem permanecer silenciosas por décadas no organismo, provocando danos progressivos no fígado sem apresentar sintomas. Sem o tratamento correto, essas infecções podem evoluir para fibrose hepática, cirrose ou até câncer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como meta, até o ano de 2030, a redução em 90% da incidência e em 65% da mortalidade causadas pelas hepatites B e C.
Prevenção e vacinação
De acordo com o infectologista Pedro Martins, professor da Afya Educação Médica, a forma de contágio varia conforme o tipo viral:
Hepatites A e E: Transmissão fecal-oral, geralmente por ingestão de água ou alimentos contaminados.
Hepatites B, C e D: Transmissão parenteral, por meio de contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de objetos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacinas gratuitas contra as hepatites A e B. A vacina contra hepatite B também protege contra o tipo D, que só infecta pessoas já portadoras do vírus B.
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A imunização começa ainda na maternidade e segue nos primeiros meses de vida.
Queda nos índices entre crianças; alerta entre jovens adultos
Por causa da vacinação, a taxa de detecção de hepatite B caiu de 8,3 para 5,3 casos por 100 mil habitantes entre os anos de 2013 e 2024. A hepatite A também apresentou queda expressiva entre crianças menores de 5 anos de idade: em 2013, foram 903 casos; em 2024, apenas 16.
Entretanto, foi registrado um aumento entre pessoas de 20 a 39 anos de idade, especialmente homens.
Após o surgimento de surtos entre homens que fazem sexo com homens, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para usuários da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV), estratégia adotada em maio de 2025.