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Publicado em 16/09/2025, às 15h50 O Mondial du Fromage et des Produits Laitiers é considerado um dos mais prestigiados concursos do setor - Benjamin Dubuis Photographe José Nilton Jr.
Durante o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers 2025, o Brasil voltou a se destacar no cenário internacional de laticínios, conquistando 58 medalhas. O evento aconteceu entre os dias 14 e 16 de setembro, em Tours, na França.
O Mondial du Fromage et des Produits Laitiers é considerado um dos mais prestigiados concursos do setor, com a participação de mais de 1.900 queijos de 26 países diferentes.
Na edição deste ano, os produtores brasileiros garantiram 10 medalhas de ouro, 18 de prata e 30 de bronze, figurando entre os destaques da competição. No total, mais de 860 produtos foram premiados por um júri internacional composto por mais de 220 especialistas.
Os itens são avaliados de acordo com critérios técnicos de sabor, textura e qualidade. A pontuação acima de 90 garantiu o ouro, entre 85 e 90 resultou em medalha de prata e acima de 80 assegurou o bronze.
A participação brasileira no evento contou com representantes de sete estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Amazonas e Bahia. O desempenho do Brasil, embora expressivo, foi menor que o da edição de 2023, quando o país conquistou 84 medalhas.
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O concurso, que é realizado a cada dois anos, tem se consolidado como vitrine para os queijos artesanais e industriais do Brasil, que vêm adaptando técnicas tradicionais europeias ao paladar. Entre as conquistas, os produtores reforçam a relevância do queijo brasileiro no mercado gourmet.
A Estância Silvania, de Caçapava (SP), conquistou três das medalhas de ouro brasileiras. Duas foram para queijos autorais, como o Dom Silvania, curado com gengibre e urucum e finalizado com cera de abelha, e o Real Silvania, um queijo de massa cozida maturado por 60 dias. A propriedade também foi premiada com um iogurte natural.
Já no Paraná, o projeto Biopark Educação, localizado em Toledo, levou duas medalhas de ouro com os queijos Abaporu, de casca lavada e cura de até 30 dias, e Passionata, de notas sutis de maracujá e cura de até três meses. Este último já havia sido reconhecido em 2024 como um dos 10 melhores queijos do mundo.
Outros estados também tiveram destaque, como o Amazonas, com a Queijaria Tradição D’Lourdes, e Minas Gerais, com produtores tradicionais como Fazenda Santo Antônio e Laticínios São João.
Queijo maturado com café: Queijaria Tradição D’Lourdes (Autazes, AM)
Camponês Carrara: Rancho das Vertentes (Barbacena, MG)
Real Silvania: Estância Silvania (Caçapava, SP)
Dom Silvania: Estância Silvania (Caçapava, SP)
Iogurte Natural (Nectar Silvania): Estância Silvania (Caçapava, SP)
Passionata: Biopark Educação (Toledo, PR)
Abaporu: Biopark Educação (Toledo, PR)
Benzinho: BelaFazenda (Bofete, SP)
Cheddar Fazenda Santo Antônio: Fazenda Santo Antônio (Alagoa, MG)
Queijo cremoso: Laticínios São João (Cruzília, MG)