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Publicado em 05/10/2025, às 14h03 Delegação brasileira alcança 44 pódios, incluindo 15 ouros, superando a China na classificação geral. - Divulgação: Cris Mattos/CPB BNews Natal
O Brasil encerrou neste domingo (5) sua participação no Mundial de Atletismo Paralímpico fazendo história ao conquistar o primeiro lugar no quadro geral de medalhas.
A delegação brasileira alcançou desempenho recorde de 44 pódios, sendo 15 ouros (dois a mais que a China, segunda colocada geral), 20 pratas e nove bronzes.
Nas últimas edições do Mundial de Atletismo Paralímpico, o Brasil vinha se aproximando do topo, mas sempre ficava em segundo lugar no quadro de medalhas.
Em 2019, em Dubai, a delegação brasileira conquistou 39 medalhas, sendo 14 de ouro, contra 59 da China. Em 2023, em Paris, o país alcançou 47 pódios, repetindo os 14 ouros e ficando a apenas duas conquistas douradas dos chineses.
Já no Mundial de 2024, em Kobe, no Japão, o Brasil atingiu um recorde histórico de 19 medalhas de ouro e 42 no total, mas ainda assim terminou atrás da China, que somou 87 medalhas, sendo 33 de ouro.
O salto de Zileide Cassiano abriu o dia com emoção e colocou o Brasil rumo ao topo do pódio. A atleta brilhou na disputa, garantindo o ouro com uma marca impressionante e reafirmando sua superioridade na classe T20.
A vitória da brasileira não só confirmou sua regularidade em grandes competições, como também impulsionou o país na liderança do quadro geral de medalhas.
Com uma arrancada impecável, Jerusa Geber confirmou o favoritismo e conquistou o ouro nos 200 metros da classe T11, estabelecendo um marco histórico para o atletismo paralímpico brasileiro.
A vitória levou a velocista à 13ª medalha em Mundiais, tornando-a a maior medalhista do país na competição e superando a lendária Terezinha Guilhermina. O bom desempenho brasileiro foi reforçado por Thalita Simplício, que completou o pódio com o bronze.
A estreante Clara Daniele viveu uma reviravolta emocionante em sua primeira participação em Mundiais. Após cruzar a linha de chegada em segundo lugar nos 200 metros da classe T2 (baixa visão), a brasileira foi promovida ao topo do pódio após a desclassificação da venezuelana Alejandra Lopez.
O protesto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi aceito pela arbitragem, que confirmou a infração do atleta-guia adversário. Com a decisão, Clara garantiu o terceiro ouro do Brasil no dia e consolidou uma estreia inesquecível.
Encerrando a participação brasileira em grande estilo, o país conquistou mais duas medalhas no último dia do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Déli. Maria Clara Augusto brilhou novamente ao garantir a prata nos 200 metros da classe T47, somando seu terceiro pódio na competição — feito que a consagra como a atleta brasileira com mais medalhas nesta edição.
No arremesso de peso, Edenilson Floriani também fez história: além de conquistar o bronze, o paratleta quebrou o próprio recorde das Américas, coroando uma campanha marcada por superação e excelência técnica.