Filme potiguar “Julião, Filhos da Praia” estreia neste sábado (3) em Natal

O que começou como uma simples admiração pela comunidade do Reduto cresceu e deu origem a uma trilogia de curtas-metragens, agora transformada na exposição Faces do Reduto. “É emocionante ver o público — especialmente os moradores do Reduto — se reconhecendo nas obras, se emocionando, compartilhando memórias. Isso mostra a força da arte em criar laços e tocar as pessoas”, comenta a cineasta Mônica Mac Dowell.

A mostra reúne cinco instalações principais — Minha Terra, Minha Farinha, Meu Labirinto, Meu Mel e Minha Jangada — que traduzem a memória coletiva do Reduto por meio de objetos, palavras e imagens. Elementos como placas de cerâmica feitas com barro local, sacos de farinha e goma com etiquetas narrativas, rendas artesanais, falas dos filmes costuradas em quadros de melgueira e velas de jangada suspensas criam um cenário de resistência, pertencimento e afeto.

Com curadoria de Manoel Onofre e expografia assinada por Rafael Campos, João Marcelino e Ângela Almeida, a exposição propõe uma experiência sensorial e imersiva. Um dos pontos altos é uma instalação de três metros feita com a técnica do bordado labirinto.

Há também uma sala imersiva desenvolvida por Will Amaral, com roteiro de Mônica Mac Dowell, que aprofunda a conexão com as tradições do Reduto. Ali, o visitante é convidado a mergulhar nas histórias, sons e afetos da comunidade de forma intensa e comovente.

A programação se amplia neste sábado (3), na Pinacoteca do Estado, com uma celebração gratuita da força do cinema potiguar. Às 17h30, acontece a estreia local do curta “Julião, Filhos da Praia” (2024), terceiro filme da Trilogia do Reduto, seguido da exibição dos títulos anteriores: “Rosa de Aroeira” (2020) e “A Deus Querer” (2022).

Classificação Indicativa: Livre