Cidades
Publicado em 08/10/2025, às 08h35 Foto: Reprodução. Sammara Bezerra
O Brasil tem 335.151 pessoas em situação de rua, segundo um estudo produzido pelo programa Polos de Cidadania, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já no recorte do Rio Grande do Norte, temos a média de 2.650 pessoas em situação de rua, registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal .
Os dados são do informe técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O monitoramento é realizado a partir de dados do Cadastro Único (CadÚnico), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). De acordo com a pesquisa, em março deste ano, houve um aumento de aproximadamente 1,76% no número de sem-teto no país se comparado a janeiro, quando havia 329.370.
Comparado a fevereiro deste ano, o número teve uma pequena variação no registro de pessoas em situação de rua no estado: de 2.633 para 2.650.
Natal concentra mais de 60% dos registros no Rio Grande do Norte. Das 2.650 pessoas em situação de rua no estado, 1.579 estão na capital potiguar. Em fevereiro, eram 1.564.
O estudo do OBPopRua da UFMG foi feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre o CadÚnico.
O número apurado em março desse ano em todo o país é 14,6 vezes superior ao registrado em dezembro de 2013, quando havia 22,9 mil pessoas vivendo nas ruas no Brasil.
Em relação ao perfil da população em situação de rua no país, segundo relatório do CadÚnico, 294.467 estão na faixa etária de 18 a 59 anos (88%), 30.751 são idosos (9%), 9.933 são crianças (3%) e 84% são pessoas do sexo masculino.
Em relação a renda, 81% (272.069) das pessoas em situação de rua sobrevivem com até R$ 109 por mês, correspondente a 7,18% do salário mínimo, que atualmente é R$ 1.518,00.
Mais de 50% das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução, a maioria é de pessoas negras.
Esse percentual representa mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, que é de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa ainda sugere que a baixa escolaridade dificulta o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades.