Cidades

Outubro Verde em Natal reforça alerta contra a sífilis: mais de 1,5 mil casos já foram registrados só em 2025

Durante todo o mês de outubro, Natal realizará ações educativas e mutirões de testagem para combater a sífilis e suas complicações. - Divulgação
A campanha Outubro Verde em Natal destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da sífilis, com mais de 1.500 casos registrados em 2025  |   BNews Natal - Divulgação Durante todo o mês de outubro, Natal realizará ações educativas e mutirões de testagem para combater a sífilis e suas complicações. - Divulgação
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 07/10/2025, às 07h52



Natal iniciou a campanha Outubro Verde, focada na conscientização e prevenção da sífilis e sífilis congênita, com um evento que destacou a importância do diagnóstico precoce e tratamento imediato da infecção.

De janeiro a agosto de 2025, foram registrados 1.536 casos de sífilis na cidade, incluindo 1.105 adquiridos, 285 em gestantes e 146 congênitos, evidenciando a necessidade de intensificar as ações de prevenção.

A campanha inclui testagens rápidas, distribuição de preservativos e palestras, com atividades programadas ao longo do mês, culminando no Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que contará com mutirões de testagem e atendimento à população.

Resumo gerado por IA

Natal deu início, nesta segunda-feira (6), à campanha Outubro Verde, que marca o mês de conscientização, prevenção e combate à sífilis e à sífilis congênita.

A abertura ocorreu no auditório da Unidade de Saúde Panatis, com participação de equipes técnicas, gestores e comunidade, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento imediato da infecção.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal), de janeiro a agosto de 2025 foram confirmados 1.536 casos de sífilis na capital — sendo 1.105 adquiridos, 285 em gestantes e 146 congênitos, números que reforçam o alerta e a necessidade de intensificar as ações de prevenção.

Prevenção, testagem e informação: pilares da campanha
A programação de abertura contou com rodas de conversa, testes rápidos, distribuição de preservativos e entrega de materiais informativos sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, da mãe para o bebê, por transfusão de sangue ou compartilhamento de objetos cortantes.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, da mãe para o bebê, por transfusão de sangue ou compartilhamento de objetos cortantes.

A secretária-adjunta de Atenção Integral à Saúde, Sandra Raissa, destacou o papel educativo da iniciativa:

Essa campanha reforça que a sífilis tem prevenção, diagnóstico e cura. Atitudes simples, como o uso do preservativo e a testagem regular, evitam complicações e impedem a transmissão da mãe para o bebê. Prevenir é cuidar de si e de quem você ama”, afirmou.

A diretora da unidade Panatis, Lucinalva Nascimento, ressaltou que momentos como esse ajudam a reduzir o tabu em torno das ISTs.

“Eventos como este aproximam o usuário da unidade, esclarecem dúvidas e mostram que nossas equipes estão preparadas para acolher e orientar cada caso”, completou.

Doença tem cura e tratamento gratuito em todas as unidades
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, da mãe para o bebê, por transfusão de sangue ou compartilhamento de objetos cortantes.

De acordo com Tayane Oliveira, coordenadora do Núcleo Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais, o diagnóstico é rápido e o tratamento está disponível na rede pública:

Todas as unidades oferecem o teste rápido gratuito, com resultado em até 20 minutos. Se o exame for positivo, o tratamento é iniciado imediatamente”, explicou.

A sífilis tem três estágios clínicos, sendo que os dois primeiros concentram o maior risco de transmissão. Se não tratada, pode evoluir para a fase terciária, que causa lesões graves e pode ser fatal.

Se não tratada, pode evoluir para a fase terciária, que causa lesões graves e pode ser fatal.
Se não tratada, pode evoluir para a fase terciária, que causa lesões graves e pode ser fatal.

Atenção especial à sífilis congênita
Transmissível da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto, a sífilis congênita é uma das formas mais graves da doença. Pode provocar má-formação fetal, abortamento espontâneo ou morte neonatal.

Muitos bebês nascem sem sintomas, mas podem apresentar complicações nos primeiros meses de vida — o que reforça a importância do pré-natal e da testagem regular durante a gravidez.

Mobilização segue durante todo o mês
O Outubro Verde continua com uma série de ações educativas, testagens rápidas e palestras em unidades de saúde e espaços públicos.

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita será celebrado no terceiro sábado de outubro, com mutirões de testagem e atendimento à população.

O que é Sífilis e todas as suas variações
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Apesar de grave, tem cura, desde que diagnosticada e tratada corretamente.

A transmissão ocorre principalmente por relação sexual sem preservativo, da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto, e mais raramente por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de objetos cortantes.

A doença pode se manifestar em diferentes formas:

→ Sífilis adquirida: ocorre por meio do contato sexual desprotegido. Se não tratada, evolui em três estágios — primário, secundário e terciário — podendo causar lesões na pele, nos órgãos internos e no sistema nervoso.

→ Sífilis em gestantes: ocorre quando a infecção é detectada durante o pré-natal. Mesmo sem sintomas aparentes, a gestante pode transmitir a bactéria para o bebê, o que torna o diagnóstico precoce essencial.

→ Sífilis congênita: acontece quando a doença é transmitida da mãe para o bebê, podendo causar má-formação fetal, parto prematuro, aborto espontâneo ou morte neonatal. Alguns recém-nascidos nascem sem sintomas, mas desenvolvem complicações nos primeiros meses de vida.

Classificação Indicativa: Livre

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