Política
Publicado em 30/04/2025, às 08h29 Redação
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou a deputados federais que quem roubou dinheiro de aposentados e pensionistas deve ir para a cadeia, “doa a quem doer”. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia submetida à pasta de Lupi, está no centro de um escândalo que envolve descontos indevidos.
“Cada um de nós é responsável pelos seus atos, pelo seu comportamento. Quem tiver roubado dinheiro de aposentados e pensionistas tem que ir para a cadeia, doa a quem doer”, declarou o ministro aos deputados.
Lupi ainda afirmou estar “doendo na carne” ver envolvidas no esquema pessoas em quem tinha depositado confiança. “Ver as pessoas que, na semana passada, eu tinha confiança e trabalhavam comigo e desenvolviam um trabalho que eu achava que era bom envolvidas com isso, é um pavor, um horror”, disse.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou a deputados federais que quem roubou dinheiro de aposentados e pensionistas deve ir para a cadeia, “doa a quem doer”. pic.twitter.com/p6UBoxc1hM
— BNews Natal (@BnewsNatal) April 30, 2025
“No nosso governo, com a nossa Polícia Federal e com a Controladoria-Geral da União agindo, prepare-se que vai para a cadeia toda essa gentalha marginal – inclusive, aparecendo quem está por trás delas, inclusive aparecendo quem são os mentores. Quando eles começaram? Quem os patrocinaram? Se tem quadrilha aqui, eu garanto que não é nossa. Essa quadrilha não vem de hoje e nosso papel é investigar e botar na cadeia”, disse Lupi na Câmara.
Na última quarta-feira (23), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra o esquema de descontos indevidos sobre aposentadorias do INSS. Os descontos foram revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
O caso desencadeou uma guerra de versões entre governo e oposição quanto à responsabilidade pelas fraudes, que lesaram milhões de aposentados nos últimos anos.
A oposição acusa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de omissão diante das denúncias e de permitir que o esquema atingisse cifras bilionárias. Já os aliados do governo destacam que, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 10 das 11 entidades investigadas pela PF foram autorizadas pelo INSS a realizar os descontos diretamente na folha de pagamento, entre 2019 e 2022.
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