Política

Por unanimidade, STF decide tornar réus 10 denunciados do ‘núcleo 3’ e rejeitar denúncia contra 2 militares

O relator Alexandre de Moraes e outros ministros formaram maioria para tornar réus os acusados de ações golpistas após as eleições. - Divulgação
Entre os réus estão 11 militares e um agente da Polícia Federal, acusados de pressionar o Exército a apoiar um golpe de Estado  |   BNews Natal - Divulgação O relator Alexandre de Moraes e outros ministros formaram maioria para tornar réus os acusados de ações golpistas após as eleições. - Divulgação

Publicado em 21/05/2025, às 07h26   Dani Oliveira



A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (20), tornar réus dez dos 12 integrantes do chamado “núcleo 3” da trama golpista investigada após as eleições de 2022.

Dos quatro julgamentos dos núcleos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) realizados até agora, esta foi a primeira vez que houve rejeição de acusações.

O grupo composto por 11 militares do Exército e um agente da Polícia Federal é apontado pela PGR como responsável por ações táticas destinadas a pressionar o Alto Comando do Exército a aderir a um golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após sua derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Réus e rejeições

Em seu voto, o ministro relator Alexandre de Moraes decidiu tornar réus os seguintes denunciados:

Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel)
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)
Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)

Foram rejeitadas as denúncias contra os seguintes militares:

Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel)
Nilton Diniz Rodrigues (general)

O voto do relator foi seguido pelos ministros Flávio Dino e Luiz Fux, formando maioria dos cinco ministros. Em seguida, a ministra Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, acompanharam o parecer de Alexandre de Moraes, formando unanimidade.

O julgamento avaliou se havia indícios consistentes e provas suficientes para abrir ação penal contra os acusados. Com a maioria já formada, os dez denunciados passam agora à condição de réus e responderão formalmente pelos crimes na esfera penal.

Classificação Indicativa: Livre

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