Política
O Prêmio Earthshot, iniciativa criada pelo príncipe William, terá sua cerimônia anual realizada no Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro.
Conhecido como o “Oscar da Sustentabilidade”, o evento chega à sua quinta edição e, pela primeira vez, acontece na América Latina — em data próxima à COP30, marcada para Belém.
A expectativa é pela presença do próprio príncipe William, que, se confirmada, fará sua primeira visita oficial ao Brasil.
O que é o Earthshot Prize
Criado em 2020, o prêmio busca identificar e apoiar soluções inovadoras para desafios ambientais globais, com a meta de promover avanços até 2030.
Inspirado no discurso de John F. Kennedy que levou o homem à Lua, o Earthshot pretende unir ciência, inovação e investimentos para ampliar o impacto positivo em áreas críticas, como clima e biodiversidade.
A premiação contempla cinco categorias:
• Proteger e restaurar a natureza
• Limpar o ar
• Revitalizar os oceanos
• Construir um mundo sem lixo
• Corrigir o clima
Cada vencedor recebe 1 milhão de libras (cerca de R$ 7,5 milhões) para ampliar suas iniciativas.
Impacto financeiro e novas parcerias
Segundo Felipe Villela, diretor do Earthshot no Brasil, a proposta vai além da entrega dos prêmios.
Desde 2023, o programa já viabilizou US$ 130 milhões em investimentos para finalistas e vencedores, por meio da plataforma Launchpad, além de outros US$ 300 milhões captados por projetos com fins lucrativos.
No Brasil, a expectativa é criar mecanismos permanentes de apoio. Uma das frentes em negociação é a formação de fundos de investimentos verdes, conduzidos por uma gestora de recursos nacional.
Nosso papel é mobilizar capital e parcerias estratégicas para que as soluções brasileiras possam ganhar escala e gerar impacto global”, explica Villela.
Legado para o país
Além da premiação, a organização pretende deixar um legado duradouro no Brasil com foco em quatro eixos:
• Juventude: formação de novas lideranças climáticas em parceria com universidades.
• Finanças: criação de fundos de investimento verde e apoio a soluções sustentáveis.
• Inovação: implantação de um hub físico para troca de experiências entre empreendedores.
• Comunicação: ampliar o alcance das pautas ambientais para o grande público.
O Brasil é uma potência ambiental por sua biodiversidade e políticas de preservação. Nosso objetivo é apoiar soluções locais para que tenham impacto global”, reforça Villela.
Participação brasileira no conselho
O envolvimento brasileiro ganhou ainda mais força com a entrada de Eduardo Mufarej no conselho do prêmio.
Ele é fundador do programa RenovaBR e codiretor financeiro da Just Climate, ligada à Generation Investment Management, instituição criada por Al Gore.
Mufarej se junta a nomes como Christiana Figueres (ex-secretária-executiva da UNFCCC) e Jacinda Ardern (ex-primeira-ministra da Nova Zelândia).
Seleção de finalistas
A edição de 2025 recebeu 2.426 soluções ambientais, indicadas por organizações parceiras — o processo não prevê inscrições individuais. Entre elas, 232 vêm da América do Sul, sendo 140 do Brasil.
Os 15 finalistas deste ano serão revelados em 5 de outubro, e apenas cinco, um por categoria, levarão o prêmio milionário.
Classificação Indicativa: Livre