Política
Publicado em 13/07/2025, às 15h15 Aryela Souza
Uma grande operação policial contra o tráfico de seres humanos, lenocínio (ação de fomentar, favorecer ou facilitar a prostituição com intenção lucrativa) e tráfico de drogas em Lisboa, na madrugada de quinta-feira (3), resultou na prisão de quatro pessoas no clube noturno Elefante Branco.
O que chamou a atenção no Brasil foi o fato de que um grupo de políticos e advogados brasileiros, incluindo dois prefeitos, estava no local no exato momento da batida.
A Operação "A la Carte" e as Prisões
A ação, batizada de "A la Carte", foi coordenada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e executada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa.
No total, quatro pessoas — dois homens e duas mulheres — foram detidas. Após serem interrogados no sábado, a Justiça determinou a prisão preventiva para os dois homens, identificados como gerentes do clube.
As duas mulheres foram liberadas, mas terão de se apresentar periodicamente às autoridades e estão sujeitas a outras proibições.
Durante a operação, a PSP apreendeu diversas drogas (cocaína, liamba e sintéticas), mais de 100 mil euros em dinheiro, material informático, seis carros de luxo, uma moto, uma moto de água e diversos artigos como relógios e joias.
A Comitiva Brasileira no Lugar Errado, na Hora Errada
A comitiva brasileira estava na capital portuguesa para participar do Fórum Jurídico de Lisboa, evento também conhecido como "Gilmarpalooza".
Após a agenda oficial do fórum, o grupo decidiu prolongar a noite, primeiro em uma festa com show do cantor Jorge Aragão em um clube à margem do rio Tejo.
Posteriormente, seguiram para a boate Elefante Branco, onde acabaram sendo surpreendidos pela grande operação policial.
A presença das autoridades brasileiras no local da batida gerou um claro constrangimento. No entanto, nenhum dos integrantes do grupo foi detido ou teve implicações legais, deixando o local após o susto.
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