Política
Ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro - Evaristo Sá / AFP
por José Nilton Jr.
Publicado em 27/08/2025, às 15h49
A Polícia Penal do Distrito Federal começou a vigiar, de maneira integral, a área em torno da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que fica em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília. A medida paassou a valer nesta quarta-feira (27) e atende determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação ocorre apóa um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, do deputado federal Lindbergh Farias e com a anuência da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os policiais utilizam veículos descaracterizados e se revezam durante o patrulhamento. De acordo com a decisão judicial, a vigilância deve ser contínua, realizada com discrição e sem perturbar moradores vizinhos.
Entre as condições impostas, está a determinação para que o monitoramento seja feito em tempo real, evitando qualquer exposição indevida e garantindo que a rotina do réu não seja afetada.
Em uma solicitação apresentada ao Supremo pela Polícia Federal, foi relatada a existência de necessidade de “reforço urgente e imediato” na segurança do local. Também é citada a importância de assegurar o acompanhamento da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente.
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Segundo informações presentes no documento, haveria um risco concreto de tentativa de fuga por parte de Bolsonaro. A Polícia Federal chegou a levantar a hipótese de que o ex-presidente buscasse abrigo na Embaixada dos Estados Unidos, como forma de solicitar asilo político.
O ministro Alexandre de Moraes acatou os argumentos, destacando que o cenário é agravado pelo julgamento iminente do núcleo 1 do processo penal que apura um suposto plano de golpe de Estado, no qual Bolsonaro é réu.
Entre as evidências reunidas pela investigação está um esboço de pedido de asilo político dirigido ao presidente da Argentina, Javier Milei.
O documento foi citado por Alexandre de Moraes como indicativo de que há tentativas em curso para escapar da Justiça brasileira.
A vigilância, portanto, não se limita apenas a proteger a integridade da investigação, mas também busca impedir que o réu altere o curso do processo com uma eventual fuga internacional.
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