Uma pesquisa realizada pelo Quaest, divulgada nesta segunda-feira (25), aponta que 49% dos brasileiros consideram injusta a aplicação da Lei Magnitsky, imposta pelos Estados Unidos, contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, 39% se mostram favoráveis à sanção, enquanto 12% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Apoio e rejeição detalhados
Questionados se “a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes é justa ou injusta?”, os entrevistados responderam:
• Justa: 39%
• Injusta: 49%
• Não sabe/Não respondeu: 12%
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de agosto.
Perfil dos que consideram a sanção injusta
O levantamento mostra que a punição é considerada mais injusta por:
• Pessoas de esquerda, mas não lulistas (80%)
• Eleitores de Lula no 2º turno de 2022 (72%)
• Moradores do Nordeste (56%)
• Quem tem renda familiar até 2 salários mínimos (53%)
• Católicos (53%)
• Pessoas a partir de 35 anos (50%)
• Mulheres (49%)
Perfil dos que apoiam a sanção
Entre os que defendem a aplicação da Lei Magnitsky estão:
• Eleitores de Jair Bolsonaro no 2º turno de 2022 (75%)
• Bolsonaristas (74%)
• Pessoas de direita, mas não bolsonaristas (74%)
• Evangélicos (49%)
A divisão entre os homens aparece equilibrada, com 48% considerando injusta e 44% considerando justa, dentro da margem de erro.
Saiba o que é a Lei Magnitsky
Criada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que morreu na prisão após denunciar desvios de dinheiro do governo russo.
A lei permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a cidadãos estrangeiros acusados de violações graves de direitos humanos ou corrupção em larga escala.
• A legislação foi sancionada em 2012 pelo presidente Barack Obama.
• Inicialmente, visava punir oligarcas e autoridades russas ligadas à morte de Magnitsky.
• Em 2016, foi ampliada para casos de corrupção, vínculos com crime organizado e violações de direitos humanos em outros países.
• Desde então, dezenas de pessoas já foram alvo de sanções globais com base na lei.
Impeachment do Ministro Alexandre de Moraes
A pesquisa também questionou os brasileiros sobre o impeachment de Alexandre de Moraes. Os resultados apontam empate técnico:
• Sim: 46%
• Não: 43%
• Não sabe/Não respondeu: 11%
O apoio ao impeachment é maior entre:
• Bolsonaristas (83%)
• Eleitores de Bolsonaro no 2º turno de 2022 (82%)
• Moradores do Sul (59%)
• Evangélicos (55%)
• Pessoas com renda acima de 5 salários mínimos (54%)
A posição contrária à saída do ministro é predominante entre:
• Pessoas de esquerda, mas não lulistas (83%)
• Eleitores de Lula no 2º turno (68%)
• Moradores do Nordeste (53%)
• Pessoas com ensino fundamental completo (49%)
• Renda familiar até 2 salários mínimos (48%)
Entre mulheres, a divisão foi praticamente empatada: 44% “não” e 43% “sim”.
O levantamento detalha o perfil dos que consideram a sanção injusta e os que a apoiam, revelando divisões políticas e regionais. - Divulgação
