Política
Publicado em 07/05/2025, às 07h46 Redação
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou nesta terça-feira (6) um vídeo nas redes sociais cobrando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O parlamentar utiliza novamente a fórmula de comunicação direta que viralizou em episódios anteriores, como no caso da regulamentação do Pix — que rendeu ao deputado mais de 330 milhões de visualizações até hoje.
No novo vídeo, Nikolas explica o funcionamento da fraude envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões, e chama seus seguidores a pressionarem os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), para que viabilizem a CPI. Ele também menciona o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Comissão Mista de Orçamento, como um dos alvos da mobilização virtual.
Até a manhã desta quarta-feira (7), o vídeo já acumulava cerca de 48 milhões de visualizações, aproximando-se dos números de outras publicações de forte impacto feitas pelo deputado. Em janeiro deste ano, uma gravação em que criticava normas sobre o Pix alcançou 200 milhões de visualizações em apenas 24 horas. Em abril, outro vídeo em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro somou quase 60 milhões de acessos.
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Entenda o caso
A denúncia de irregularidades no INSS veio à tona no último dia 23 de abril, após a deflagração de uma operação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal. As investigações apontaram que associações de fachada teriam aplicado, entre 2019 e 2024, uma série de descontos não autorizados sobre os benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas, totalizando R$ 6,3 bilhões.
De acordo com o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, as entidades envolvidas “não tinham qualquer estrutura real para prestar os serviços prometidos” aos segurados. A operação resultou no afastamento imediato e posterior demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Já o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também deixou o cargo no início de maio, em meio à crise causada pelo escândalo.
A pressão por uma CPI agora se soma às investigações em curso no âmbito da CGU, Polícia Federal e Ministério Público Federal, e deve ganhar novos desdobramentos conforme aumenta o envolvimento político no caso.
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